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Renata Assis


Conheça alguns transtornos alimentares em crianças e adolescentes



O alicerce dos hábitos alimentares é formado durante os primeiros anos de vida - época em que os pais devem fornecer informações sobre nutrição e promover atitudes positivas em relação aos alimentos. Os transtornos alimentares geralmente desenvolvem-se durante a adolescência ou início da idade adulta. No entanto, eles podem começar na infância, iniciados, geralmente, como reflexo de um problema emocional.


Os principais tipos de transtornos alimentares na infância e adolescência são:
• Anorexia nervosa - corresponde à recusa em se alimentar, que compromete o desenvolvimento físico e mental, podendo levar à morte;
• Bulimia - come-se em excesso de forma descontrolada e depois provoca-se o próprio vômito como compensação, geralmente, por medo de engordar;
• Compulsão alimentar - não existe um controle sobre o que se come. Come-se em excesso sem nunca ficar satisfeito, causando obesidade;
• Distúrbio da Alimentação Seletiva - quando a criança ou o adolescente consome apenas uma variedade muito reduzida de alimentos, chegando a sentir enjoos e vômitos quando se sente obrigada a comer outros alimentos.
Mesmo dando bons exemplos dentro de casa, os pais devem prestar atenção no tipo de relação que as crianças e adolescentes nutrem com a própria imagem. Alguns sinais alertam que seu filho pode estar entrando na paranoia da magreza:
• Preocupação excessiva com o peso e imagem corporal;
• Emagrecimento ou excesso de peso repentino;
• Adotar dietas restritivas, eliminando alimentos considerados “muito calóricos”;
• Fazer jejuns prolongados;
• Não usar roupas que exponham o corpo;
• Manifestar preocupação constante com o peso: usar a balança todos os dias, criticar o próprio corpo, ficar examinando o tamanho da barriga no espelho;
• Comer sempre o mesmo tipo de alimentos;
• Usar frequentemente o banheiro durante e após as refeições;
• Evitar fazer as refeições acompanhado da família;
• Comparar-se com outras crianças e adolescentes, colocando-se em posição depreciativa. (“Fulano é mais bonita (o) do que”);
• Buscar atividades físicas de maneira exagerada ou querer praticar modalidades inadequadas à idade.


Um transtorno alimentar pode trazer graves consequências para o desenvolvimento, acarretando prejuízos cognitivos e até distúrbios de crescimento. O tratamento dos transtornos alimentares em crianças e adolescentes envolve uma equipe multiprofissional, que conta com médico, psiquiatra, psicólogo e nutricionista. É importante que sejam feitas terapia familiar, terapia individual e uma reeducação alimentar.
O transtorno alimentar é desencadeado por uma combinação de fatores, tais como ambiente familiar, meios de comunicação que valoriza a magreza e fatores biológicos. É importante que o adulto participe ativamente da vida da criança e do adolescente, a fim de evitar tais desvios. Também é fundamental que os pais prestem atenção aos comportamentos dos seus filhos, pois o isolamento, a ansiedade, a depressão, a agressividade, o estresse e as alterações de humor são frequentes em crianças e adolescentes com transtornos alimentares.
Quanto mais cedo se trata, maior a chance de cura. Quando o comportamento se transforma em hábito, aumenta o risco de ele se perpetuar.



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Escrito por Renata Assis, no dia 09/03/2021

Renata de Assis Pereira


Psicóloga
E-mail: [email protected]

Instagram @psi.renataassis



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