Como sociedade, obtivemos grandes avanços na ciência e na cultura. Apesar disso, ainda não dá para afirmar que não existe desentendimento, preconceito e até violência contra pessoas que convivem com alguma questão de saúde mental. A verdade é que a saúde mental ainda é um tabu. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 86% dos brasileiros sofrem com algum transtorno mental, como ansiedade ou depressão.
O problema com relação à saúde mental, portanto, não é simplesmente o aumento do número dos casos. A crise do bem-estar psíquico também está intimamente relacionada ao fato de que menos da metade das pessoas que são afetadas se sentem confiantes para falarem abertamente sobre suas questões. Isso, claro, torna os problemas ainda mais graves.
E qual seria, exatamente, a raiz do tabu sobre saúde mental? É claro que existe uma conjunção de fatores, mas é possível levantar algumas hipóteses que nos levam a não falar propriamente sobre o assunto.
l Medo de repercussão negativa;
l Vergonha por conta do estigma negativo que existe;
l Preocupação que seja visto como sinal de fraqueza;
l Medo de que afete a reputação ou carreira;
l Dificuldade de aceitar o problema em si mesmo.
l A dificuldade em se compreender os transtornos mentais pode ser resultado da falta de diálogo que a sociedade mantém sobre o tema e que, em geral, termina marginalizando quem sofre com esses problemas. Ainda há muita resistência em procurar um psicólogo ou psiquiatra, e acaba negligenciando o tratamento e os sintomas, que pode ser danoso para o indivíduo que sofre.
A psicoterapia possui um papel importante no tratamento dos transtornos mentais. É por meio dela que o paciente pode elaborar e compreender suas próprias emoções e comportamentos, aprendendo a lidar com as situações difíceis da vida. O processo psicoterápico, muitas vezes, não é de cura, mas sim, de amadurecimento e autoconhecimento.
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Escrito por Renata Assis, no dia 27/01/2021