Quem nunca ‘afogou’ as mágoas na comida? Como na clássica cena de um indivíduo que, ao terminar o relacionamento, se esbalda, sozinho, num pote de sorvete ou numa panela cheia de brigadeiro. O comportamento de recorrer a alimentos saborosos diante de situações negativas tem nome: trata-se do comer emocional, que é estudado pela psicologia.
A fome emocional não é um transtorno, mas sim, um comer transtornado que tem um fundo psicológico ou comportamental. Quem sofre com o problema procura na comida uma forma de encontrar sensações agradáveis, se livrar de sentimentos ruins, buscar alívio e conforto. Essas sensações são, de fato, encontradas a princípio. Mas em pouco tempo, o bem-estar causado pelos alimentos pode se transformar em um sentimento de culpa.
Geralmente, a comida é usada para camuflar sentimentos negativos como tristeza, frustrações, angústia, tédio e ansiedade. Diversos fatores emocionais, momentâneos ou não, podem ser um gatilho para que a pessoa coma mais, mesmo sem a necessidade fisiológica de comer.
Diante dessas situações que o ser humano sente, a tendência é que ele procure alimentos com mais calorias, gorduras e açúcares. São as chamadas ‘comidas que confortam’, do inglês, comfort food.
A Fome Emocional é ainda um grande vilão do emagrecimento, pois a alimentação acaba se tornando um hábito. Esse comer sem, de fato, precisar, pode, ao longo do tempo, fazer com que a pessoa fique com excesso de peso, podendo desenvolver até mesmo a obesidade.
O comer emocional não é considerado uma doença. É um comportamento adaptativo que algumas pessoas desenvolvem em relação aos alimentos. Este comportamento está mais relacionado a indivíduos com baixo linear de tolerância à frustração.
A psicologia tem um papel importante e pode auxiliar o indivíduo na modificação dos pensamentos e comportamentos disfuncionais em relação à fome emocional, além de promover uma melhora na autoestima, que costuma estar extremamente prejudicada nestes casos.
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Escrito por Renata Assis, no dia 03/12/2020