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Renata Assis


A autoestima no enfrentamento do câncer de mama



Caro leitor, espero que este texto leve até você informação de valor com uma dose de reflexão.

“Câncer” é uma palavra poderosa que por si só já assusta qualquer um. Estamos no mês simbólico da Campanha de Prevenção ao Câncer de Mama, o Outubro Rosa. É um momento em que todos falam sobre prevenção e autocuidado, o que é, sem dúvida, importantíssimo. Mas é preciso discutir, também, o cuidado com o outro diante do diagnóstico: o apoio é fundamental. 

O fato é que mesmo tomando todas as medidas, fazendo os exames regulares, há milhares de mulheres que não conseguem evitar e acabam enfrentando a doença. Quando uma paciente é diagnosticada com câncer, sua vida é abalada. Surgem as dúvidas e as inseguranças e a sensação de vulnerabilidade, o que evoca sentimentos de raiva e intenso medo. Por isso, hoje vamos falar de um assunto igualmente importante: Como ajudar na autoestima de mulheres com câncer de mama?

As emoções das mulheres são atingidas desde o diagnóstico, durante todo o tratamento e até a sua conclusão. Por isso, é muito importante ajudá-las a ter uma compreensão profunda de si mesmas, sobre o real significado do seu corpo e sua relação com ele - são fatores que irão contribuir na compreensão da sua autoestima. Muitas mulheres se consideram femininas valorizando apenas suas características físicas, mas é preciso quebrar essas crenças. A mulher deve conhecer sua essência e buscar reelaborar seu conceito de “feminino”. Quando nos identificamos, conseguimos força para assumir um novo olhar a cerca de nós mesmas.

Portanto, gostaria de chamar a sua atenção: se você conhece ou convive com uma mulher com câncer de mama, lembre-se de que é fundamental compreender o momento que ela está passando e que é comum que apareçam medos, angústias, incertezas e fantasias sobre o que poderá acontecer. Nesse momento, é preciso oferecer apoio, encorajar e mostrar que ela não está sozinha, ajudando-a a buscar orientação psicológica adequada, o que fará com que essa fase seja enfrentada de uma forma mais amena. 

É preciso também, ficarmos atentos aos sinais emocionais. Muitas mulheres têm dificuldades mais profundas em superar a notícia do diagnóstico ou mudanças físicas que o tratamento acarreta e acabam desenvolvendo transtornos, como a depressão. Este deve ser um momento de compreensão e colaboração. Por trás de cada jornada existe uma mulher com suas fortalezas e fragilidades. As cicatrizes físicas e emocionais do câncer de mama não podem ser negligenciadas, e através da empatia, podemos ajudar essas mulheres a manter o seu bem-estar físico e mental.

 



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Escrito por Renata Assis, no dia 28/10/2020

Renata de Assis Pereira


Psicóloga
E-mail: [email protected]

Instagram @psi.renataassis



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