Se você tem buscado informações sobre uma alimentação mais saudável já deve ter se deparado com um novo tipo de ‘vilão da saúde’: os alimentos inflamatórios. Mas o que isso quer dizer? Existem dois tipos de inflamação disparadas pelo sistema imunológico. A mais conhecida é a de alto grau, que ocorre após trauma ou lesão. Dor, calor, rubor (vermelhidão) e edema (inchaço) ocorrem porque há um aumento da dilatação dos vasos sanguíneos para levar os nutrientes necessários para a reparação do tecido afetado. Ela costuma ser localizada e ter curta duração, geralmente de 3 a 4 dias.
Diferente da inflamação de baixo grau, que pode durar anos, esse fenômeno começou a ser estudado há uma década. Um tecido inflamado começa a perder sua função clássica e, por isso, contribui para o surgimento de doenças metabólicas e crônicas. Conforme situa a nutricionista Graziele das Graças T. Mendes, essa inflamação do organismo é uma consequência à ação de algum agente externo, como alimentos inflamatórios, e pode se manifestar por meio de alguns sintomas e desconfortos como: estufamento, azia, gases, edema e inchaço, além de enxaqueca e crises de rinite e sinusite. “Se consumidos com frequência, podem predispor a diabetes, doença cardiovascular, hipertensão, entre outras”, alerta.
Veja as dicas da nutri:
Inflamatórios: o que evitar
lFritura: provoca modificações nas propriedades nutricionais e na estrutura molecular dos alimentos que afetam a disponibilidade dos ácidos graxos inflamatórios).
lAlimentos ultraprocessados: possuem muitos ingredientes adicionados, como açúcar, sal, gordura e cores ou conservantes artificiais. E são feitos, principalmente, de substâncias extraídas dos alimentos, como gorduras, amidos, açúcares adicionados e gorduras hidrogenadas. Exemplos disso são refeições congeladas, refrigerantes, cachorros-quentes, fast-food, biscoitos embalados e bolos.
lAçúcar refinado: o elevado consumo de açúcares rapidamente absorvíveis, presentes em alimentos industrializados como suco de caixinha, barras de cereais, bolachas, iogurtes e pães, interfere e compromete a ação da insulina.
lGordura saturada: encontrada em alimentos de origem animal (carnes gordurosas, leite, manteiga, bacon, toucinho, queijos) e vegetal (coco, óleo de coco, dendê), contribui para a inflamação por conter ácido araquidônico. Já o tipo de gordura presente no coco não teria este risco.
lGordura trans: é produzida por modificação química e não existe na forma natural. Altamente pró-inflamatória, aumenta o LDL (colesterol ruim) e reduz o HDL (colesterol bom), além de acelerar a produção de radicais livres. Exemplos: frituras, açúcar refinado, carnes processadas (salsicha, salame, mortadela, etc.) alimentos preparados em altas temperaturas (frituras, torrados, defumados, queimados em churrasco ou no forno), corantes alimentares artificiai e excesso de sal
Anti-inflamatórios: o que consumir
lÔmega-3: é um poderoso anti-inflamatório e ajuda a modular os hormônios em desequilíbrio, aumentando o efeito protetor contra inflamação. Ele ainda tem outros inúmeros benefícios em várias doenças. Suas fontes são sardinha, atum, arenque, salmão, bacalhau, linhaça e abacate.
lGengibre: possui propriedades para combate a diversas doenças e ação relevante na diminuição da inflamação.
lCurcumina: é o ativo do açafrão. Tem ação anticancerígena e anti-inflamatória.
lRomã: tem ação em diversas doenças e melhora muito a inflamação.
lAbacate: poderoso anti-inflamatório, antioxidante e ainda diminui o hormônio do estresse, o cortisol.
lAzeite extravirgem: o ideal é que tenha menos que 0,5% de acidez e em vidro escuro. Em quantidade controlada, ajuda a perder peso e melhora inflamação.
lChá verde: possui efeito inibitório em genes causadores da inflamação e produção hepática de colesterol.
lCanela: o consumo diário reduz triglicerídeos e colesterol LDL (ruim)
Cacau: associado aos mesmos efeitos da canela e ao aumento do HDL (colesterol bom)
Serviço
Graziele das Graças T. Mendes
Nutricionista pós-graduada
em Nutrição Clínica e Esportiva
Contatos: [email protected] /
(31) 99880-2324
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Escrito por Graziele Mendes, no dia 09/03/2021
Nutricionista pós-graduada em Nutrição Clínica e Esportiva
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