A quaresma é uma época onde o consumo de pescados se eleva. Entende-se por quaresma um período de quarenta dias, subsequentes à Quarta-feira de Cinzas, em que os católicos e algumas outras comunidades cristãs se dedicam à penitência em preparação para a Páscoa, uma das penitencias é a substituição de carne por peixe.
Vamos falar sobre os benefícios de peixe. Uma dieta que contempla a inclusão de peixe auxilia na prevenção de doenças cardíacas. Eles apresentam proteínas, vitaminas (A, B, D, E K) que regularizam as funções do corpo e participam do metabolismo de nutrientes . Também há peixes que são ricos em selénio (Se), que age como antioxidante. Além disso contem minerais (sódio, potássio, magnésio, cálcio, ferro, fósforo, iodo e cobalto) e gorduras "boas": ácido eicosapentaenoico (EPA), docosapentaenóico (DPA) e o ácido docosaexaenoico (DHA) s denominados de ω-3 ômega 3. As grávidas que consomem mais peixes durante o período gestacional tendem a ter bebés com melhor função visual. O DHA auxilia no desenvolvimento cerebral infantil e quando falta na alimentação das crianças causa dificuldade na aprendizagem, alteração do electroretinograma, diminuição da acuidade visual e alterações sensoriais, outro fator negativo para gestantes quando ocorre déficit no consumo de peixes é a probabilidade de um parto prematuro ou ter um recém-nascido de baixo peso. Em adultos colabora na concentração e aprendizagem, pele e cabelos saudáveis. Vários estudos revelam uma boa relação entre consumo de peixes e redução no processo inflamatório, portanto, é indicado em doenças inflamatórias (ex:asma) e autoimunes (ex:artrite reumatóide)
Os peixes podem ser preparados de diversas formas, diante disso agradando a quase todos os tipos de paladares. É necessário ter cuidado na forma de preparo, pois A maneira de cozinhar pode diminuir o teor nutricional e aumentar o percentual de gordura, sendo prejudicial à saúde, visto que, torna-se mais calórico e menos saudável.
Em primeiro lugar, destaca-se o peixe cozido como uma das melhores opções por não acrescentar gordura extra ao prato. No entanto, alimentos cozidos perdem as vitaminas C, que se dissolvem na água fervente. Desta forma, para preservação nutricional a melhor maneira, é diminuir a quantidade de água, e durante o cozimento esperar ferver e só depois adicionar o alimento
O segundo lugar para a melhor forma de preparo é cozinhar o peixe no vapor. Esse método conserva todos os nutrientes do pescado, além de preservar a cor, aroma e a textura natural do alimento. Podemos incluir temperos naturais como limão, pimenta, salsa, alho, pouco sal e azeite. Além de saudável é uma forma rápida para preparar
E ainda temos a opção de fazer o peixe assado, nessa versão temos a vantagem de não utilizar água nem óleo no preparo. Para evitar que o peixe fique ressacado é indicado envolvê-lo em papel manteiga para manter a textura e principalmente os nutrientes. Não se deve utilizar o papel alumínio, pois o metal do alumínio pode contaminar a preparação.
Devemos nos atentar em todas as etapas que envolvem esse desde a compra ao preparo, para que sua refeição seja nutritiva, saborosa e principalmente saudável. O pescado é um alimento perecível que requer certos cuidados na hora de adquirir o produto. É indicado avaliar a higiene do local onde é comercializado e, principalmente, como é conservado.
O pescado fresco permite ao consumidor observar a qualidade do alimento por suas características como: textura, coloração, estrutura, olhos e odor. Quando congelado é indispensável verificar a data de validade do produto, temperatura ambiente e a forma que está sendo armazenada.
No momento da aquisição os peixes devem ser os últimos a entrar no carrinho, pois se deterioram com rapidez. Se o peixe for consumido no mesmo dia da compra é só manter a temperatura e deixar na geladeira. Caso contrário, coloque-o no freezer.
Analise se a embalagem contém muito gelo. Se sim, consequentemente o peixe foi descongelado, estando propicio a sofrer contaminação.
Cabe ressaltar a importância de escolher as embalagens transparentes que possibilitam analisar o produto. O peixe deve apresentar sua cor natural, característica da espécie e não apresentar manchas ou pintas. Prefira os filés e postas.
E ainda se a escolha for por pescados enlatados, é preciso verificar a embalagem, que deve estar integra, sem ferrugens, furos ou amassados, principalmente nas bordas. A lata não pode estar estufada pois a probabilidade de contaminação é grande.
Diante inúmeros benefícios a saúde já descritos anteriormente, vale incluir esse alimento na rotina alimentar, podemos variar o preparo para não ficar monótono, usar diversos temperinhos naturais para torna-lo mais saboroso e agregar valores nutricionais. O consumo de cerca de quatro porções por semana é o ideal
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Escrito por Graziele Mendes, no dia 03/03/2021
Nutricionista pós-graduada em Nutrição Clínica e Esportiva
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