Se fosse um diário, seria de um morto. Certo é, que estão todos mortos no BAR DA RUA SOLIDÃO. Eutrópio, que não é um sabujo, aos berros exalta-se com seu ubiquitário amigo. Esse com assinatura própria e cara de inteligente, seja ele Mustela putorius furo, mais conhecido por Furão, não quer ficar distante do espetáculo que lhe anima e considera maravilhoso. Não se trata, por questão da censura, em afirmar que o povo todo pegou em armas contra Eutrópio. Passados cinco anos desde a travessia do Mar Vermelho, ou que o Império Austro-Húngaro ficou confrangido, como queiram, aflito, terminando em frangalhos, aqueles agora esbravejam, todo santo dia, clamando por Benito. Não o Mussolini, mas o pançudo que não lhes servem a contento. É meus amigos! que imensa horda, caterva, tribo errante e ignorante o forasteiro assiste. Repito e insisto no diário de um morto, escrever das mazelas que vislumbrei. Não foi noticiado, por conveniência e medo, que o poviléu ou povoléu, também ficou desejoso de retirar o caráter varonil do Mustela e do Eutrópio. O tal diário de um morto foi quem mutilou o que estava prestes a se tornar um comício regado a papel higiênico, por iniciativa de Eutrópio. Final dessa balbúrdia toda, foi a conclusão nada favorável de que os amigos, o mais breve possível, façam uma viagem para um jantar à luz de velas com o verdadeiro e gentil Benito Mussolini.
Sílvio Lopes de Almeida Neto
Escritor e advogado criminalista
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Escrito por Silvio Lopes, no dia 20/08/2019