Foto: P. de Souza
A situação precária do lixo é recorrente em Lafaiete
O Jornal CORREIO e o portal de notícias CORREIO Online acompanham há anos os problemas relacionados ao lixo e seu descarte na cidade, evidenciando os desafios e cobrando energicamente soluções para esse drama da comunidade. Na segunda-feira, dia 10, a Federação das Associações de Moradores de Conselheiro Lafaiete (Famocol) se propôs a discutir o tema e a buscar alternativas que minimizem o drama da população e, por sua vez, deixem a cidade mais limpa, humana e bonita. Noves fora o monte de conversa jogada fora no encontro, fruto da necessidade de falar das pessoas, a assembleia em si foi produtiva, principalmente se levarmos em conta as sugestões apresentadas pelos participantes, muitos deles presidentes ou representantes de associações de bairros. Entre as inúmeras propostas, surgiu uma em especial, que deve acender uma luz no fim do túnel da bagunça que se tornou a limpeza urbana de Lafaiete. Trata-se da preparação, em curto espaço de tempo, de um diagnóstico da situação do lixo em Lafaiete. Esse diagnóstico seria feito pela prefeitura para identificar, amiúde, os pontos de maior concentração de lixo, onde o descarte irregular tem mais incidência e, principalmente, como e quando resolver essas demandas. Na reunião organizada pela Famocol, o representante da PMCL, Daniel Garcia, que é secretário-adjunto de Obras, deixou claro que o executivo não tinha interesse em seguir com o contrato com a empresa Mega, atual responsável pelo recolhimento de lixo urbano do município. Na ocasião, Garcia anunciou que uma nova licitação já estaria em curso e que era intenção da administração rever e mudar todo o contrato atual. Outra frente revelada no encontro dos presidentes de bairro, é que está tramitando na Câmara Municipal projeto que cria, entre outros cargos, o de secretário municipal de Meio Ambiente. Essa pasta teria, entre suas muitas funções, a responsabilidade de gerir o lixo, a varrição e a capina de ruas, praças e espaços públicos. Mais importante, a nova secretaria terá orçamento próprio e prerrogativa para cancelar contratos depois de licitados, caso não atendam às diretrizes do que foi proposto em contrato. Além disso, vai poder cobrar efetividade das empresas parceiras, o que não acontece atualmente. Fato é que a população não aguenta mais conviver, em sua maioria, com tamanho descaso do poder público em relação à coleta de lixo. A expectativa é que essas ações, associadas ao comprometimento da comunidade, tragam melhorias a curto, médio e longo prazos.
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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 23/03/2025 - 11:04
