Foto: Fábio Rodrigues - Pozzebom/Agência Brasil
A dengue, doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, continua a afetar milhões de pessoas em todo o mundo, com destaque para países tropicais como o Brasil. O vírus é composto por quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Embora a infecção por um sorotipo possa oferecer imunidade temporária aos outros, a doença pode se manifestar de forma mais grave em infecções subsequentes, especialmente quando envolvem os sorotipos 2 e 3.
A ameaça do sorotipo DENV-3
O DENV-3, que não circulava de forma predominante no Brasil desde 2008, tem sido identificado com frequência crescente, principalmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná. Segundo o Ministério da Saúde, a preocupação é que a população brasileira, que já passou por infecções pelos sorotipos 1 e 2, esteja particularmente suscetível ao DENV-3. Este sorotipo é considerado um dos mais virulentos, com potencial de causar formas graves da doença.
O aumento de casos observado em 2000-2002, coincidente com a introdução do DENV-3, reforça o risco de uma epidemia significativa. Em 2024, o DENV-1 foi o sorotipo predominante no país, representando 73,4% das amostras analisadas.
Prevenção e cuidados urgentes
Diante da circulação de todos os sorotipos no Brasil, as autoridades de saúde reforçam a importância de medidas preventivas. A eliminação de focos de água parada, o uso de repelentes e a instalação de telas de proteção são algumas das recomendações. Além disso, a população deve estar atenta aos sintomas da dengue, como febre, dor de cabeça, manchas vermelhas e dor atrás dos olhos. Em caso de sinais graves, como dor abdominal intensa ou sangramentos, é essencial buscar assistência médica imediata.
Campanha nacional de conscientização
Com mais de 93 mil casos prováveis e 11 mortes confirmadas nas primeiras semanas de 2025, o Ministério da Saúde intensificou sua campanha de combate às arboviroses. A ação está concentrada em estados com aumento de casos de dengue, zika e chikungunya, com foco na disseminação de informações sobre os sintomas e a importância de procurar unidades de saúde.
A vacina contra a dengue, disponível atualmente para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, também faz parte das estratégias de prevenção, embora a oferta ainda dependa do fornecimento pelos fabricantes.
Ações emergenciais e monitoramento nacional
Em janeiro de 2025, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, criou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE Dengue). A iniciativa visa coordenar a resposta nacional, antecipando medidas para conter surtos e ampliar a vigilância nos estados com maior risco de surtos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
A reunião marcada para esta quarta-feira (22) contará com a participação de diversas entidades, como conselhos profissionais, sindicatos e instituições de saúde, com o objetivo de fortalecer a articulação entre as esferas governamentais e a sociedade civil para o controle da dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito.
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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 23/01/2025 - 07:20