Um caso de infecção pelo resistente fungo Candida auris foi confirmado em um paciente que esteve internado no Hospital de Pronto Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, segundo comunicados das secretarias estadual (SES-MG) e municipal (SMSA) de saúde. Comumente referido como "superfungo", o Candida auris tem ganhado destaque pela sua alta resistência a medicamentos, facilidade de contágio e dificuldade de diagnóstico, causando grande preocupação nas autoridades de saúde.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o caso foi notificado ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância Sanitária (Cievs). O paciente, que teve alta hospitalar no dia 26 de setembro, permanece sob monitoramento constante, embora detalhes sobre idade e sexo não tenham sido revelados. A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) implementou medidas rigorosas de controle, incluindo a realização de testes para a detecção de novos casos e o isolamento de pacientes suspeitos.
A SES também destacou a importância da prevenção, já que os casos são, em sua maioria, assintomáticos, e o fungo se manifesta principalmente na pele. Em parceria com a Vigilância Sanitária, a Secretaria Municipal de Saúde garantiu que as orientações necessárias foram repassadas ao hospital para conter o avanço da infecção, que tem desafiado a medicina devido à sua resistência.
### O que é *Candida auris*?
A *Candida auris* é um tipo de levedura que causa preocupação global, sendo resistente à maioria dos fungicidas disponíveis, conforme alerta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O fungo se destaca pela capacidade de formar um biofilme, uma camada protetora que o torna imune a tratamentos convencionais com fluconazol, anfotericina B e equinocandina, os três principais antifúngicos utilizados atualmente. Além disso, pode provocar infecções sanguíneas graves, muitas vezes letais.
Velho conhecido, novo inimigo
Embora as infecções por organismos do reino Candida, como a candidíase, sejam comuns e facilmente tratáveis, o Candida auris apresenta uma nova ameaça. A dificuldade de identificar corretamente a espécie em laboratórios torna o diagnóstico impreciso, confundindo-a com outros fungos da mesma família, atrasando o tratamento adequado. Além disso, sua capacidade de se espalhar com rapidez em ambientes hospitalares torna o controle ainda mais desafiador.
fonte: Hoje em Dia
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Postado por Nathália Coelho, no dia 30/09/2024 - 18:20
