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Política


Câmara instala comissão processante após caos no transporte público em Lafaiete

Iniciativa coloca fogo na relação entre Prefeitura e Câmara e foi motivada pelo aumento da passagem



Foto: Arquivo Jornal CORREIO

Vereadores querem solução para o imbróglio envolvendo a Viação Umuarama, que alega prejuízos em Lafaiete

Deve ser divulgado, em até 90 dias, o relatório final da comissão processante, instalada na Câmara Municipal de Lafaiete. A iniciativa, que esquenta o clima político na cidade e atiça a tensão entre Legislativo e Executivo, foi decidida na última semana, após denúncia apresentada pelo ativista Talysson Zebral, sob alegação de “omissão e falta de transparência no transporte público no município”.

A crise envolvendo o transporte coletivo em Lafaiete já é de longa data e intensificou-se nos últimos dias. Em 2021, os ônibus chegaram a parar de circular, por conta de um rompimento unilateral do serviço, pela Viação Presidente, que atuava na época. Em dezembro de 2023, a Viação Umuarama assumiu o transporte público. Entretanto, a empresa alega ter um déficit acumulado de mais de R$ 3,2 milhões, mesmo tendo subsídio de mais de R$ 420 mil mensais.

A comissão processante da Câmara tem, como presidente, o vereador Giuseppe Laporte (Podemos). André Menezes (PSDB) é o relator e Eustáquio Silva (PV) completa a equipe que conduzirá os trabalhos. Segundo Laporte, o prefeito Mário Marcus terá prazo fixado para sua defesa: “Infelizmente, vivemos uma crise, intensificada pelo aumento da passagem, sem qualquer transparência. Vamos conclamar a população, para que acompanhe ativamente essa comissão e nos ajude a apurar as diversas irregularidades no transporte público. Hoje, faltam linhas e ônibus e o povo está desabastecido desse serviço. Que todos tragam suas denúncias”, afirmou.

Vale lembrar que essa é a terceira comissão instaurada durante a gestão de Mário Marcus, objetivando apurar denúncias: “A população clama pela verdade e vamos nos pautar com ética e transparência nas apurações. Vamos fazer valer a voz do povo. A população não merecia esse aumento na passagem”, considerou a vereadora Damires Rinarlly (PV). Outros legisladores também se manifestaram, como Pedro Américo (PT), que destacou a precariedade do transporte coletivo, mesmo com o subsídio. Já o edil Vado Silva (DC) retomou sua proposta de tarifa zero ou adoção da passagem simbólica de R$ 2.

Líder do governo municipal na Câmara, João Paulo Pé Quente (PSD) cobrou foco da comissão processante. Pé Quente declarou que a Prefeitura deveria bancar o prejuízo da Umuarama: “Nenhuma empresa aguenta operar no prejuízo. Que a Prefeitura assuma esse déficit mensal de R$ 160 mil. Precisamos encontrar uma solução para o transporte em nossa cidade”, declarou, alegando “politicagem” na abertura da comissão.

Por outro lado, o vereador André Menezes defendeu a investigação e reclamou da falta de linhas de ônibus nos bairros: “chegou a hora de falar a verdade. Não é politicagem ou perseguição. Se o prefeito desconhecia o problema, agora ele sabe da situação do transporte público”. Durante os trabalhos, o prefeito terá oportunidade de ser ouvido e apresentar sua defesa.

 

 




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Postado por Rafaela Melo, no dia 07/08/2024 - 09:29


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