Foto: Jornal Correio
Imagem registrada por nossa equipe de Reportagem, nos bairros Santa Matilde e São Dimas, não deixam dúvidas: há algo de errado nesse processo.
Com sete mortes confirmadas por dengue e outras 14 em investigação, Lafaiete enfrenta a maior epidemia da sua história. Até o dia 18, a cidade já havia registrado 23.225 casos prováveis da doença – um para cada 5,7 habitantes – e um dos motivos para que um mosquito cause tanto estrago é, justamente, a nossa incapacidade de lidar com o lixo.
Quando o assunto é esse, os números também assustam: os mais de 131 mil lafaietenses produzem, diariamente, 75.000 kg de lixo. Esse montante é recolhido pela empresa que presta serviço de coleta urbana ao município, em uma periodicidade pré-estabelecida, sendo três vezes por semana nos bairros e duas vezes ao dia no Centro. A questão é: se a coleta existe na porta da maioria das casas, por que, então, a cidade está sempre tão suja?
As imagens registradas por nossa equipe de Reportagem, e tantas outras enviadas à coluna “Qual é a sua denúncia?” não deixam dúvidas: há algo de errado nesse processo. Extrapolando os limites das lixeiras, espalhado pelas ruas, os detritos são espalhados pelos cães, atraindo roedores, moscas e, claro, o Aedes aegypti. O problema se torna ainda mais grave quando o ponto escolhido para recebê-lo são lotes vagos ou margens de estradas, que acabam se transformando em bota-fora.
Fiscalizar e punir
Um dos caminhos tem sido fiscalizar e punir os infratores. De acordo com a chefe de seção do Departamento de Meio Ambiente, Patrícia Pires Vieira, o setor recebe denúncias todos os dias, seja pela Ouvidoria, Câmara Municipal, telefone e protocolo. E tendo como respaldo uma lei municipal, essas denúncias norteiam as fiscalizações que vêm resultando em notificações e multas.
“No ano passado, cerca de 800 proprietários de lotes foram multados. Nos meses de janeiro e fevereiro, foram feitas cerca de mil notificações”, detalha. Ao ser notificado, o proprietário tem 20 dias para limpar e 120 dias para fazer o passeio e o cercamento. Se após os 120 dias, o responsável não fizer o que foi solicitado e não comprovar, é aplicada uma multa de 5% do valor venal do lote. “Geralmente, quem é multado resolve o problema. Não foi o caso, ainda, de enviar multas para protesto. É necessário que cada um tenha que a consciência de que o lote precisa ser limpo constantemente”, completa Patrícia Vieira.
Fiscalizar e punir
Um dos caminhos tem sido fiscalizar e punir os infratores. De acordo com a chefe de seção do Departamento de Meio Ambiente, Patrícia Pires Vieira, o setor recebe denúncias todos os dias, seja pela Ouvidoria, Câmara Municipal, telefone e protocolo. E tendo como respaldo uma lei municipal, essas denúncias norteiam as fiscalizações que vêm resultando em notificações e multas.
“No ano passado, cerca de 800 proprietários de lotes foram multados. Nos meses de janeiro e fevereiro, foram feitas cerca de mil notificações”, detalha. Ao ser notificado, o proprietário tem 20 dias para limpar e 120 dias para fazer o passeio e o cercamento. Se após os 120 dias, o responsável não fizer o que foi solicitado e não comprovar, é aplicada uma multa de 5% do valor venal do lote. “Geralmente, quem é multado resolve o problema. Não foi o caso, ainda, de enviar multas para protesto. É necessário que cada um tenha que a consciência de que o lote precisa ser limpo constantemente”, completa Patrícia Vieira.
Faça a sua parte
De acordo com o engenheiro civil Cristian Campos Nunes, da empresa Mega, o quadro mínimo de garis coletores exigido em contrato de licitação é de 32 profissionais. Lafaiete possui 36 trabalhadores lotados no contrato para essa função. Destes, 28 são distribuídos em sete equipes, com quatro coletores cada. Essas equipes são divididas em dois turnos: diurno e noturno. Os demais garis estão na função de reserva, repondo eventuais ausências e atestados. Juntos, eles recolhem 2.270 toneladas de resíduos/mês. “Todos os bairros do município são atendidos, bem como distritos e localidades rurais”, pontua.
Então, por que a cidade tem o aspecto de suja e mal cuidada, mesmo havendo serviço regular de coleta de lixo. Ainda segundo Cristian Campos Nunes, vários fatores impactam nesse resultado: “Às vezes, ocorrem atrasos nas rotas, provocados por diversos fatores. Em outras, as pessoas colocam o lixo em lixeiras individuais e coletivas diariamente, sem considerar o horário ou mesmo o dia da coleta. Isso facilita a ação de cães e animais de pequeno e grande portes, que se alimentam desses detritos. Lixo mal embalado, ou colocado em embalagens frágeis, tende a se espalhar pela rua. Em outras situações, catadores de materiais recicláveis reviram as lixeiras, em busca de material, entre outras causas”, cita.
Denuncie
Você não precisa e não deve ficar parado. Caso queira denunciar focos de dengue, entre em contato com o setor pelo 99239-3835. Para denunciar lotes vagos, use o 9 9239-5538.
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Postado por Rafaela Melo, no dia 27/04/2024 - 15:09