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A alimentação é um assunto que deixa muitas mães preocupadas. Os primeiros desafios aparecem na introdução alimentar, quando o bebê tem 6 meses de idade e começa a conhecer os primeiros alimentos. Cada criança tem seu tempo para rejeitar (ou não) texturas, consistências e sabores. Existem fases de recusa alimentar, de monotonia alimentar, entre tantas outras. '"A fome é involuntária, mas a maneira pelo qual nos relacionamos com a comida não é. O comportamento alimentar é aprendido ao longo da vida e tem total influência sobre o hábito alimentar, até os dois anos de idade. O que você consome até os dois anos, tem intervenção sobre seu hábito alimentar na vida adulta. Alguns fatores contribuem para isso como: sociais, motivacionais, ambientais e familiares, além das condições de desenvolvimento da própria criança", explica a Nutricionista Graziele Mendes.
A partir dos 6 meses de vida, o bebê que só recebia leite materno (e/ou fórmula infantil) começa a ser inserido em sua cultura alimentar, isso inclui uma jornada de muitas descobertas. A partir dos 12 meses, ele ainda deve receber leite materno, mas os alimentos sólidos ficam cada vez mais relevantes no aporte de energia e de nutrientes
Segundo a especialista, quando a criança completa 2 anos de idade, ela tende a se expressar mais em relação a suas escolhas. "Diante disso, ocorre uma baixa das necessidades nutricionais, e assim, também da diminuição do apetite e quantidade alimentar ingerida. Nessa época, e até os 5 anos de idade, as dificuldades relacionadas à alimentação são mais frequentes".
Muitos pais observam que as crianças de 2 a 5 anos, têm suas pereferências alimentares. Sendo assim, podem ficar incomodados, se o filho só quer comer arroz e carne, por exemplo.
Considerando que o processo deve ser marcado por experiências agradáveis, a nutricionista apresenta 10 dicas que podem auxiliar na ampliação do cardápio alimentar garantindo a oferta de nutrientes. Confira:
1 - Os pais são a maior referência da criança. Portanto, as escolhas alimentares dos pais guiam o filho.
2 - É considerável fazer as refeições todos á mesa. Realizar as refeições em família é um hábito que tende a aumentar a exposição a frutas, legumes e verduras, além de gerar uma relação amigável com a comida, proporcionar tempo em família e melhorar a saúde mental
3 - Se mesmo assim, o resultado não for favorável e a criança recusar diversos alimentos, vale manter a oferta de uma dieta variada, num clima agradável, sem forçar. Experimenta ofertar o alimento de diversas formas para que a criança consiga identificar o mais palatável. Exemplo: beterraba cozida, beterraba ralada, picada e suco.
4 - Não ameace e negocie prêmios. Melhor do que isso é envolver a criança em alguma etapa do processo, da seleção dos alimentos ao preparo — é algo estimulante e que fortalece boas memórias. Que tal plantar um pezinho de alface em uma horta (mesmo que suspensa) e cuidar daquele plantinha até que esteja adequada para colheita, higienizar e preparar para as refeições?
5 - É preciso persistência, paciência e a criatividade? Que tal criar pratos em forma de desenhos, por exemplo: palhaço, joaninha e coqueiro.
6 - Para estimular a adequação, é legal planejar um cardápio que garanta a inserção da criança, ou seja, proponha pelo menos, um alimento de boa aceitação, além dos outros três ou quatro que devem compor o prato.
7 - Insira a criança no planejamento das refeições e na seletividade de compras no supermercado, escolhendo os alimentos que gostariam de experimentar
8 - Tenha rotina, pois é melhora a percepção dos sinais de fome e saciedade. Se houver beliscos nos intervalos das refeições, o apetite pode ser prejudicado na refeição principal.
9. É importante análise com profissionais da saúde como pediatra e nutricionista, sobre a adequação da dieta de uma maneira geral. Determinadas crianças maiores, que ingerem uma alimentação essencialmente láctea, terão grande parte do consumo de energia e de nutrientes proveniente do leite e, consequentemente, a comida sólida perde espaço.
10 - De maneira alguma oferte telas na hora da refeição. Celulares e TV, geram a distração e com isso acaba sendo um engano para comer mais, mas não soluciona o problema — ao contrário, tende a intensificá-lo. Para o ser humano, comer é um ato social e é necessário partilhar a comida e o momento para o acréscimo da autonomia.
Graziele das Graças T. Mendes
Nutricionista pós-graduada em Nutrição Clínica e Esportiva
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Postado por Rafaela Melo, no dia 18/01/2024 - 13:30