Foto: Arquivo Jornal CORREIO
A Câmara de Lafaiete arquivou na segunda-feira, dia 11, o Projeto de Lei, que proibiria a abertura do comércio no dia 8 de dezembro, data dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Há anos, a celebração gera polêmica, entre a igreja católica e os comerciantes da cidade. Durante a novena, na matriz, este ano, o padre Geraldo Gabriel Pinto lançou uma campanha para que os comerciantes católicos não abrissem as lojas e respeitassem o dia santo.
Para aqueles que pretendiam não abrir o comércio, a paróquia disponibilizou um cartaz para ser colocado nas portas dos estabelecimentos, com os seguintes dizeres: “#SouCatólico Dia de Nossa Senhora da Conceição 8/12 este comércio não será aberto”.
Projeto
De iniciativa do vereador Sandro José dos Santos (Pros), o projeto de lei iria acrescentar um parágrafo ao artigo 176, da Lei de 28 de outubro de 1967. Desta forma, no dia dedicado à padroeira, ficaria autorizado o funcionamento dos estabelecimentos industriais e comerciais de serviços essenciais, supermercados, padarias, postos, que deveriam ser regulamentados por decretos. O projeto teria validade a partir de 2024.
Votação
Na terça-feira, dia 5, ocorreu a primeira votação da proposta. Os vereadores João Paulo Fernandes Resende (DEM) e o pastor Angelino Cláudio Pimenta Neto (PP), votaram contra e os demais a favor. Já na segunda discussão e votação, que ocorreu na quinta-feira, dia 7, João Paulo pediu vistas. O projeto voltou para a apreciação e votação na segunda-feira, dia 11, quando foi retirado da pauta e arquivado.
Na sessão estavam os presidentes da Câmara de Dirigentes Lojistas de Conselheiro Lafaiete (CDLCL), Edvaldo José Thereza, da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Conselheiro Lafaiete (ACIAS), Leandro Chagas e do Sindicato do Comércio Varejista de Conselheiro Lafaiete ( Sindcomércio), Bento José de Oliveira.
Presidente do Sindcomércio comemorou a decisão dos vereadores
O presidente do Sindcomércio, Bento José de Oliveira, comemorou a decisão dos vereadores de retirar o projeto da pauta e arquivá-lo. “Após o trabalho de sensibilização feito, agradeço em nome do Sindcomércio a todos que ligaram e conversaram com seus vereadores, e aos que estiveram na câmara, especialmente ao Edvaldo da CDL, ao Leandro da ACIAS, ao Chiquinho, ao Pablo e ao Flávio, foi possível mostrar que a medida seria um equívoco. O autor, compreendendo isso, decidiu retirar o projeto, permanecendo a questão como está atualmente, regulada pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Parabéns e obrigado a todos, muito bom ver que unidos podemos atuar por uma cidade melhor”, finalizou Bento.
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Postado por Rafaela Melo, no dia 12/12/2023 - 15:40