Uma tradição que faz parte da religião e cultura mineira teria encontrado mais portas fechadas do que abertas este ano. Acostumada a render homenagens à Maria em seu mês, uma católica do bairro Museu (região nordeste) teria se visto obrigada a realizar as coroações de maio na garagem de casa. ?Todos os anos, solicito o espaço no Larmena (Lar do Menor Amparado) para as coroações do mês de maio e eles me cedem gentilmente. Este ano, no entanto, isso me foi negado. O responsável disse que não poderia ceder o espaço, porque ele é utilizado para a realização de reuniões. Procurei, também, o Ser Maior e não consegui. Procurei, ainda, a Sede dos Vicentinos [Conselho Particular Santa Efigênia] e eles disseram que a prioridade era das crianças da catequese. Então, tive que pedir ao padre para fazer as coroações em uma garagem. Todas as portas foram fechadas e isso me entristece muito?, desabafa.
Larmena responde
?Primeiramente, agradecemos ao Jornal CORREIO por apurar a denúncia e nos dar a oportunidade de apresentar nosso parecer. A Família Larmena esclarece que foi realmente procurada no início de maio deste ano, para planejamento do evento em nossa capela, como realizado nos últimos 2 anos. Naquele momento, explicamos que, desde abril, a única sala utilizada para encontros, reuniões e recebimento de visitantes estava em reforma, devido a troca do piso. Por não termos outro local, estávamos utilizado o espaço requerido. Sentimos muito pela tristeza da denunciante. Porém, não tínhamos outra alternativa: a obra já havia sido iniciada.
Ressaltamos que a capela é um patrimônio histórico e cultural da entidade e que não pregamos e nem somos contrários a qualquer crença religiosa. Até porque socializamos com pessoas de religiões distintas, sejam elas: os próprios acolhidos, os funcionários, diretores, doadores e voluntários. Este espaço fica à disposição da comunidade.
Tal esclarecimento tem por objetivo dar uma resposta sobre a integridade e seriedade do trabalho e o respeito e abnegação que temos por todos que integram esta família, seja trabalhando ou doando. A comunicação tem sido uma ferramenta muito importante para nossa entidade, que sobrevive de doações e enfrenta muitas dificuldades. Estaremos sempre dispostos e preparados para esclarecer quaisquer dúvidas?.
A nota é assinada pela coordenadora-geral do Larmena, Cinara Patrícia Silveira Alves.
Sociedade São Vicente de Paula não se posiciona
O Conselho Particular Santa Efigênia, da Sociedade São Vicente de Paula, no bairro Museu, comunicou, via ofício, que não se posicionaria sobre a questão.
Você está lendo o maior jornal do Alto Paraopeba e um dos maiores do interior de Minas!
Leia e Assine: (31)3763-5987 | (31)98272-3383
Escrito por Denúncia, no dia 07/07/2017