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Frei Tibúrcio


Frei Tibúrcio 1363/2017



Que coisa

Neste imbróglio do aumento do transporte coletivo, todo mundo é contra. A rapaziada da Egrégia, com todo o respeito, fala até em meia passagem para estudante, gratuidade para isso, para aquilo, e muito mais. Não ter aumentos seria ótimo para todos, mas faltou uma pergunta que não quer calar: quem vai pagar a conta da suspensão do reajuste e das gratuidades pedidas? A empresa precisa pagar seus empregados, os custos de produção, au­men­tos, etc. Se não pode ter reajuste, alguém precisa se habilitar para pagar essa conta. En­graçado é que ninguém fala isso; ninguém discute isso. Todo mundo quer ?jogar para a galera?, falar aquilo que o povo quer ouvir. E, cá para nós, as coisas não funcionam desse jeito.

O correto é discutir um aumento de tarifa justo, que respeite os índices inflacionários, as altas de insumos, reajuste de funcionários e exigir, ao mesmo tempo, contrapartidas da empresa, como ônibus novos, me­lhorias nos pontos e terminais de ônibus e re­ciclagem de pessoal, quando houver necessidade. É assim que funcionam as coisas em to­do o Brasil. Em Lafaiete, a moçada quer transporte público de graça, mas falta esclarecer quem vai pagar a conta. Ora bolas!

Medicina

Nesta semana, foi anunciada, pela PMCL, a vinda de uma faculdade de Me­dicina e outra de Odontologia, a serem instaladas próximo da FDCL e do Centro de En­sino Superior (CES). O assunto foi muito co­mentado pela imprensa e também nas redes sociais - motivo de orgulho para muita gente. Este politiqueiro escriba, no entanto, considera que os investimentos trarão estudantes de fora, que vão consumir aqui, e também deve gerar postos de trabalho para alguns, mas, ainda assim, preferiria noticiar a vinda de mais empresas e indústriais para a cidade. Com todo o respeito, é o que estamos precisando neste momento.

Vade retro

Depois de fazer Lafaiete perder um shopping e uma indústria de parafusos, eis que a Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (Cohab-MG) aceitou, depois de insistentes súplicas do deputado Glaycon Fran­co, devolver o que ela simplesmente tomou de Lafaiete, pondo fim a uma expec­tati­va monstruosa da população. Naquela época, em 2012, a sociedade se mobilizou pa­ra receber o em­preendimento e a fábrica de parafusos. A Cohab, no entanto, jogou um balde de água fria em todo mundo e tomou um terreno que tinha doado anos antes para o município, devolvendo-o agora. Antes tarde do que nunca...

Recado

Se você, prezado leitor e prezada leitora, estiver em uma igreja, e na hora da homilia, ou ainda, no final da missa, e o sacerdote começar a caluniar alguém, criticar pessoas que não estão presentes e que, portanto, não podem se defender, vire as costas e procure outra paróquia para ?conversar com Deus?. Ali, certamente, não é o local ideal para suas orações. É vero!

 

 



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Escrito por Frei Tibúrcio, no dia 13/04/2017

Frei Tibúrcio


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