A
linha de pesca, como tudo na vida, sofreu um processo de evolução em suas
características, onde, com pesquisas nesses 50 anos, apareceram materiais
sintéticos de alta resistência e elasticidade. Assim vieram as fibras
monofiladas (o nailon, a poliamida e o poliéster) e, em seguida, as de fibras
sintéticas microfilamentadas (Kevlar, Spectra), que são microfilamentos
trançados. Poucos pescadores conhecem da capacidade de resistência da sua linha
de pesca e de detalhes importantes para sua conservação e durabilidade. Existe
o efeito “memória” da linha, que é o tempo em que ela permanece no carretel do
seu molinete e provoca a espiralada e contorções problemáticas na hora do
lançamento, causando embaraços e perda da capacidade de se atingir a distância
e alvo desejados.
Tipos de linha
Superlinhas: ultimamente temos ouvido uma insistente pergunta “as superlinhas vão desbancar as linhas de nylon?” – Antes de responder aos nossos amigos pescadores, vamos tecer alguns comentários sobre elas. Há poucos anos, foi descoberta uma fibra sintética (Spectra), que é a matéria prima de quase todas, e que consiste em microfilamentos trançados para compor uma única linha fina. Comparativamente, a linha de nylon é quatro vezes inferior à resistência de uma superlinha, se levarmos em consideração a mesma milimetragem ou, inversamente, em linhas com resistência igual, uma super-linha tem a metade do diâmetro das linhas convencionais (monofilamentos).
Temos que ressaltar como propriedade positiva, a elasticidade, já que a convencional possui 25% e a superlinha não ultrapassa 5% e, em razão disso, a força aplicada por você no caniço é toda transmitida mais rapidamente até a extremidade (chumbada com anzóis), consequentemente trazendo uma maior sensibilidade na ferrada do peixe. Deve-se estar atento para o balanceamento que deve existir no conjunto: vara, molinete ediâmetro da superlinha, em função das características específicas das diversas modalidades de pesca e do peixe. Já existem, nas casas que vendem material de pesca, diversas marcas das superlinhas, embora o seu preço seja mais “salgado”.
Características
Diâmetro: o diâmetro, também chamado de bitola, espessura ou grossura, da linha é quase sempre informado em milímetros pelos fabricantes. Existem alguns raros que fornecem esta medida em polegadas. É preciso tomar cuidado para não confundir. Naturalmente, em linhas de um mesmo tipo, o maior diâmetro proporcionará uma maior resistência, ou seja, aguentará um maior peso. Entretanto, não é na resistência ao peso que se deve pensar na hora de optar por uma linha de maior diâmetro e sim na sua resistência ao desgaste, que também tem relação direta à medida. Quanto mais grossa for a linha, maior será sua resistência ao desgaste. É necessário prevenir quanto a isto no caso de pescas realizadas em locais onde a linha poderá sofrer atrito com galhos, pedras e outros obstáculos. É preciso saber o que é mais importante para você: muita linha ou muita resistência? Quanto maior o diâmetro maior resistência, e menos linha você poderá carregar no carretel.
Resistência: é a capacidade máxima de suporte de peso de uma linha e normalmente vem expressa em libras nos carretéis. Cada libra corresponde a 453 gramas. Escolhe-se a resistência em função do peso do peixe desejado, mas é preciso lembrar que o seu peso se multiplica na água durante uma briga, sendo muito maior que o peso dele parado.
Memória: As linhas tendem a assumir forma espiralada em razão de seu acomodamento no carretel. Isto é a capacidade de memória da linha. Dependendo da composição dos materiais utilizados na sua fabricação, esta propriedade varia. Quanto menor memória melhor, pois a deformação pode causar desgaste na linha.
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Escrito por Pesca, no dia 04/05/2015