Os problemas relacionados ao descontrole do açúcar no sangue, infelizmente, não acometem só os seres humanos. Cães e gatos podem desenvolver diabetes e ter vários problemas de saúde em consequência da doença. Na coluna desta semana, explicaremos a diabetes canina, detalhando informações sobre o que é a doença, o tratamento e a prevenção.
A diabete nos cães é uma doença crônica e ocorre quando o organismo do animal não produz adequadamente a insulina, hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. A glicose é o açúcar retirado dos alimentos ingeridos e atua como fonte de energia para o corpo do pet. Já, a insulina é responsável por levar a glicose até às células.
Dessa maneira, quando ocorre uma falha no transporte, ou seja, quando os sistemas de insulina estão com algum problema, o cão desenvolve a hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue). Quadro, que ao se prolongar, pode gerar vários danos ao animal, como mostraremos a seguir.
Existem dois tipos de diabetes caninas. A primeira é a Diabetes tipo 1. Nesse caso, existe um problema na produção de insulina no pâncreas. A causa desse problema ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que seja um problema no sistema autoimune do animal. É importante destacar, que a Diabetes tipo 1 exigirá a administração regular da insulina (externa), em que o pet precisará receber doses diárias do hormônio.
O segundo é a Diabetes tipo 2. Nesse tipo, o pâncreas até produz insulina, mas o organismo não consegue usá-la de forma eficiente. Isso ocorre, principalmente, por conta de fatores relacionados à rotina do animal, obesidade e falta de exercícios físicos, bem como por questões genéticas e de envelhecimento.
As causas para o problema são bem variadas, como doenças cardíacas, hormonais e renais, dos problemas endócrinos, da obesidade e do uso de certos medicamentos (por isso, a importância de sempre conversar com seu médico veterinário). Sabemos ainda 30% dos animais diabéticos apresentam quadros de pancreatite crônica.
O diagnóstico da doença ocorre através da observação dos sintomas e da realização de exames que atestem o aumento dos níveis de glicemia. Os cães diabéticos urinam excessivamente, bebem mais água e perdem peso. Por isso, se perceber esses sinais, leve o mascote ao especialista, para a realização de hemogramas, exames complementares (de urina, ultrassonografias, por exemplo).
Com a confirmação da doença, começa o tratamento, que exigirá do tutor disciplina para manter o pet saudável, ainda que diabético. Esses cuidados estão associados aos ajustes da dose da insulina, acompanhamento nutricional, monitoramento da glicemia, da ingestão de água e do controle de peso.
Quanto à prevenção, já demos algumas dicas ao longo do artigo. O mais relevante é a qualidade da rotina do pet: boa alimentação, passeios regulares, brincadeiras. Tudo o que evita aumento de peso e estresse. Outra informação é o uso de medicamentos de forma incorreta, não medique seu animal de estimação sem o conhecimento do médico veterinário. E, para finalizar, fique ligado às consultas regulares e aos check-ups periódicos. A prevenção sempre é a melhor maneira de evitar problemas de saúde mais graves para o seu peludo.
Crédito: Benjamin Ibañez no pexels
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Escrito por Cuide bem do seu Pet, no dia 24/09/2023
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