Rua ou caminho empedrado, sou convidado ao silêncio.
As pedras me obrigam.
Estando revestido com alma feita de aço ou usando um
[coração de pelica.
Morticínio nas metrópoles, no berço dos atenienses, nas
[megalópoles e nada importa.
Posso fitar o furto de um celular e sentir quedar uma piedade
[filial pelo torturado.
O que começara a nascer, já nasceu morto.
Essa dualidade doidivanas, extravagante, que é toda minha,
[e sendo perdulário, também, pouco vale.
Não ouço mais, música pelas esquinas.
Todas retrucadas com desafeição, pelo aparador das almas
[mortas.
Não devo usar minha caneta para tamanha indiscrição
Revelada em segredo meu.
Rua ou caminho, nada vai depurar aparente santidade
[mais que sem afinação.
Meus escombros não podem ser lavados pela palavra, posto que
A alma é morta na rua ou no caminho.
Sílvio Lopes de Almeida Neto
Junho 05, 2021
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Escrito por Silvio Lopes, no dia 05/06/2021