A verdade chega devastando sonhos infantis. “Queluz de Minas” nunca existiu. É gente morta, é cidade morta. Violas e violeiros fantasmas. Vielas fantasmas, abraços fantasmas. Rosas ofertadas e esquecidas na janela de uma professora morta antes de amar o poeta que nem mesmo chegou a nascer. Os botequins, então, não enganaram ninguém. Sabe-se apenas, que serviam cana-do-mato aos visitantes que nunca de verdade existiram. Todos, mesmo que sombras, se foram para São Simão. Sempre foram desejosos da mudança de substância. De alma era impossível qualquer alteração. A mentira histórica ou política ou religiosa fascinava o copista. Facínoras de Veiga Miranda, contam, andam livres com toda espécie de seu gênero. O fac-similado lhes soltando os corpos veio ao sabor e teor de valor que fora pago. E libertos de “Queluz de Minas” que nunca existiu, a liberdade tem valor real.
Sílvio Lopes de Almeida Neto
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Escrito por Silvio Lopes, no dia 03/04/2020