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Graziele Mendes


Alimentação adequada de crianças de 6 a 12 meses



Desde quando a mulher descobre a gravidez é preciso se atentar a alimentação, visto que o paladar do bebê é formado da gestação até os 2 anos de idade, portanto os alimentos ofertados nesse período vão definir o hábito alimentar da criança.

Até o 6° mês apenas leite materno é necessário, apenas é uma palavra singela, pois o leite materno tem todos os nutrientes indispensáveis à saúde do bebê. Inclui vantagens como: maior imunidade, respostas as vacinações, tornam-se indivíduos mais equilibrados emocionalmente, diminui as chances de processo alérgicos. Trás também vantagens para a mamãe, tais como: retorna ao peso mais rápido, menor probabilidade de desenvolver câncer de mama e de ovário, previne hemorragias e osteoporose, cria vinculo afetivo entre mãe e filho, é prático e barato.

O leite de vaca, seja integral, em pó ou líquido, fortificado ou não, é um alimento inadequado para os bebês durante o primeiro ano de vida, pois pode trazer consequências ao crescimento no curto e longo prazo, como:

Anemia ferropriva: devido aos baixos teores de ferro, é uma das principais deficiências nutricionais encontradas no Brasil. Atinge aproximadamente 50% dos bebês.

Comprometimento no desenvolvimento: justifica-se pelos baixos teores de zinco e gorduras essenciais que comprometem o desenvolvimento cerebral e visual.

Prejuízo no crescimento: causado pelos baixos teores das vitaminas A, C, D, E que também podem estar associadas à fraturas e enfraquecimento inadequado das células, além da cegueira noturna.

Sobrecarga renal: Proveniente do excesso de proteínas e sódio, que pode aumentar os riscos de obesidade e pressão alta no futuro.

Para complementar, costumo fazer uma explicação bem real aos meus pacientes. Antigamente no tempo da escravidão as sinhás não amamentavam, e sim as escravas, e o leite de seu filho deveria ser o primeiro para depois a escrava amamentar o filho dela. Passando algum tempo, começaram a observar que os filhos das sinhás não ganhavam peso, ao contrário dos filhos das escravas, pois bem, isso porque o primeiro leite é mais aguado, utilizado para hidratar o bebe por isso não precisa ofertar nem água, depois o leite oferta gordura para ganho de peso e nutrientes indispensáveis a saúde. Cabe ressaltar a importância de esvaziar uma mama primeiro para depois se a criança ainda estiver com fome ofertar a outra ou na próxima mamada iniciar com a outra, para que assim a criança faça sucção de leite “para hidratação e ganho de peso”.

Do 6° ao 7° mês – leite materno, papa de fruta, papa salgada, ovo ou carne.

Do 7° ao 8° mês – leite materno e inserção da segunda papa salgada (almoço e jantar).

Do 9° ao 11° mês – leite materno, gradativamente passar para alimentação da família.

12° mês – leite materno, alimentação da família.

As papas salgadas devem conter um alimento de cada grupo.

Carboidratos: representado por arroz, batata, angu, inhame, mandioca, macarrão. São as principais fontes de energia para o corpo humano.

Proteína: carnes e ovos. Essencial para crescimento e desenvolvimento da criança. Oferecer desfiado ou amassado, bem passado e o ovo da gema dura. Rico em vitaminas do complexo B, ferro, cálcio.

Legumes e verduras: As crianças que comem desde cedo frutas e legumes variados, adquirem hábito alimentar mais saudável. É necessário insistir na oferta, pois algumas crianças podem não aceitar. Nesse caso mude a forma de preparo mas não engane a criança. Ex: faça a beterraba cozida, ralada, suco.

Atenção! Bebidas adoçadas (como suco de caixinha ou pacote, toddynho, refrigerante) possuem quantidade elevadas de açúcar e baixo nutrientes, aumenta o risco de doença cardiovascular, obesidade, hipertensão, diabetes. O ideal é substituir por frutas in natura. Hambúrguer, linguiça, salsicha, salame e mortadela são ricos em gorduras saturadas e sódio, fator de risco para várias doenças. Macarrão instantâneo, salgadinho de pacote, doce, biscoito recheado, guloseimas, aumenta o colesterol ruim e diminui o bom, além de gerar diversas outras doenças como obesidade, hipertensão, diabetes.

 



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Escrito por Graziele Mendes, no dia 13/03/2020

Graziele das Graças T. Mendes


Nutricionista pós-graduada em Nutrição Clínica e Esportiva

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