Surgiu uma oportunidade
de conhecer o rio Xingu abaixo da reserva indígena, já no estado do Pará. Nós
que já conhecíamos a nascente daquele famoso afluente do rio Amazonas no estado
do Mato Grosso, estávamos agora diante da possibilidade de pescar no mesmo rio,
porém já no estado do Pará. A oportunidade partiu do convite de um irmão do
Silvestre, o Marquinhos, que mora e trabalha na região. Após algumas tentativas
que não vingaram, desta vez lá fomos nós: eu, Silvestre e Zé do Carmo.
Na mente diversos
desafios a vencer: a longa distância, o calor infernal, a viagem de carro em
estradas desconhecidas e com péssimas recomendações, além do temor normal de
chegar em um local totalmente desconhecido. Mas, aventureiros que somos, não
deixamos passar esta oportunidade. Saímos de Lafaiete no dia 16/09, e seguimos
rumo ao estado de Goiás, tendo dormido na cidade de Uruaçu, a 1060 Km.
Seguimos viagem cedo e
alteramos nossa rota para fazer uma visita a uma conhecida do Silvestre, que
mora na cidade de Porto Nacional, já no estado de Tocantins, cidade que fica às
margens do lago da represa do rio Tocantins. Após um saboroso almoço 0800,
seguimos viagem, passando pela capital Palmas, em direção a Conceição do
Araguaia, tendo cruzado o rio numa ponte de 683m.
Dormimos no local e
logo cedo seguimos nossa viagem, já no estado do Pará. Até aquele momento, de
todos os temores, somente o calor nos perturbava, realmente muito quente. Após
a cidade de Xinguara, enfrentamos 179 Km de estrada muito ruim, com muitos
buracos. Chegamos a Tucumã, cidade onde mora o Marquinhos na hora do almoço e
fomos calorosamente recebidos por ele e sua esposa Vanda, que nos trataram
maravilhosamente bem.
Após um breve passeio
pelo centro da cidade, dormimos na casa do Marquinhos, para no dia seguinte
concluir a nossa viagem, já que estávamos ainda a 100 Km de São Félix do Xingu,
nosso destino final. No outro dia, sábado, chegamos finalmente ao local onde
ficaríamos, em uma ilha do rio Xingu. Estava sendo comemorado um aniversário,
numa festa que durou dois dias. Resumindo, saímos de Lafaiete numa quarta-feira
e só começamos a pescar na segunda-feira. Fomos pescar numa ceva.
Para nossa surpresa
somente peixes pequenos (pacu e piau) e vez por outra alguma bicuda na isca
artificial. O horário de pescar era bem restrito, devido ao forte calor.
Geralmente pescávamos até as 10h, voltando para o rio, na parte da tarde,
somente após as 16h. O restante do tempo era na sombra ou nadando no rio.
Na quarta-feira, um dos
proprietários do rancho, Antônio Augusto, nos levou para pescar em um local 35
Km rio acima. Num barco de 5,5m com motor de 40 HP navegamos uns 40 minutos
desfrutando das belezas do Xingu. No local, conseguimos fisgar uma matrinchã
grande e um pacu maior, além de outros peixes menores. Assim concluímos nossa passagem por lá.
Na volta dormimos mais
uma vez na casa do Marquinhos, tendo na oportunidade participado da comemoração
do aniversário da esposa dele. Na sexta-feira, iniciamos a viagem de volta,
tendo chegado a Lafaiete no sábado. No total percorremos 4.700 Km, sendo 2.402
na ida e 2.298 na volta, graças a Deus sem nenhum acidente, nem com o nosso nem
com outros veículos. De toda a aventura, ficou para mim a impressão de ter
convivido com pessoas que passam um calor humano muito forte. Fomos tratados
com muita atenção e carinho. Tivemos a oportunidade de conhecer mais dois
estados (Tocantins e Pará), mais um grande rio (Tocantins), novas culturas,
novas amizades, novos costumes etc. Na minha opinião, valeu muito a pena.
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Escrito por Pesca, no dia 14/10/2015