Com certeza, você já ouviu falar em menopausa – aquele período fisiológico marcado pelo encerramento dos ciclos ovulatório e menstrual. Ele se inicia em idade variável, normalmente, entre os 40 e 55 anos, e é caracterizado por sintomas como ondas de calor que surgem repentinamente e a sensação de calafrios que vêm logo a seguir. Existe, também, a chamada menopausa cirúrgica, que ocorre após a retirada dos ovários ou do útero, seja devido a um mioma, endometriose, carcinoma ou outo motivo que leve à indicação médica para esse tipo de cirurgia. Neste caso, a menopausa a parece, independente da idade.
Conforme explica a nutricionista Amanda Oliveira, o diagnóstico da menopausa é baseado nos sintomas que a mulher relata para o médico (confira o quadro abaixo), mas em caso de dúvida, pode-se confirmar o declínio com um exame de sangue. “A mulher tem um tsunami no corpo. E essas alterações hormonais, tanto no período em que menstruam, quanto no período de climatério, mexem muito com o universo psicológico feminino. Isso pode acarretar brigas em casa, incompreensão da família, nervosismo. A mulher fica mais ‘chorona’. Algumas relatam vergonha, pois começam a ter ondas de calor na rua e molham a roupa de suor, sentindo-se constrangidas pelo olhar das pessoas ao redor”, detalha Amanda Oliveira.
Mas o que isso tem a ver com a nutrição? Segundo afirma a nutricionista, após o início da menopausa, a mulher tem uma maior tendência ao ganho ponderal (aumento de peso), porque há uma redistribuição de gordura no corpo, promovendo um aumento de tecido adiposo na região abdominal. “Isso deixa a mulher mais deprimida; mexendo com o psicológico e autoestima”, alerta. Mas também há uma tendência para a mudança de hábitos alimentares. “No período de climatério, o aumento do consumo de doces e chocolates é muito comum, assim como de alimentos gordurosos, muito temperados e farináceos (padaria). E esse cardápio contribui para o ganho de peso indesejado. A atividade física costuma ser deixada de lado e a hidratação também, fazendo com que o intestino fique mais preguiçoso e ressecado”, lista a nutricionista.
Para reduzir o impacto desses sintomas, a dica é investir em uma nutricional adequada. “A nutrição ajuda muito no equilíbrio da ingestão alimentar, gerenciamento de estresse e peso, modulação intestinal, fornecimento de aporte nutricional para destoxificação hepática (“limpeza interna”), garantindo a ingestão de alimentos antioxidantes, anti-inflamatórios, modulando a imunidade e ajudando no controle dos calorões da menopausa. A dietoterapia para menopausa atua, também, na prevenção de osteoporose, carências nutricionais (fome oculta), hipercolesterolemia, distúrbios do sono e depressão”, explica.
De acordo com a nutricionista, dietas contendo alimentos ricos em nutrientes, como: cálcio, zinco, magnésio, selênio, Vitamina D, triptofano, Vitamina B 12 e Vitamina E são efetivas. “Ingerir menos farinha de trigo, leite, nitritos/nitratos (embutidos), açúcar e gordura trans já melhora o quadro bioquímico e estrutural da pessoa. Algumas fibras, como gérmen de trigo, chia, linhaça, semente de abóbora/gergelim, ajudam no controle ponderal e trânsito intestinal. Chás em infusão podem aliviar a retenção de líquido e a diminuir os calores. Boas fontes protéicas, gorduras boas (frutas e oleaginosas) e aminoácidos são aliados para manter a saciedade e gerenciar o estresse”, recomenda.
Sintomas da menopausa - A menopausa promove alterações de humor e da memória, irritabilidade, depressão, ansiedade, dor de cabeça e enxaqueca; aumento da sensibilidade ao calor, vermelhidão, acne e pele seca; aumento da sensibilidade da mama e caroços; diminuição da mobilidade articular, rigidez; tendência à constipação intestinal; cansaço muscular, dores nas costas, diminuição da força muscular; predisposição à osteoporose devido ao aumento da desmineralização óssea gatilhado pelos hormônios, perda da densidade óssea; retenção de líquidos e aumento da pressão arterial. Em relação à parte sexual, nota-se uma secura vaginal, diminuição significativa da libido, enfraquecimento dos músculos que suportam o reto, útero e bexiga, tendência a desenvolver infecções urinárias e vaginais.
Andropausa: o que é? Conforme explica Amanda, os homens também estão sujeitos a essas alterações hormonais, mas, no caso deles, os sintomas são mais fracos. “A andropausa o processo é mais lento e menos sintomático. À medida que os homens envelhecem, cai a produção de testosterona, que é o hormônio sexual masculino. Entretanto, mesmo com níveis mais baixos, seus valores ainda podem ser considerados dentro da faixa de normalidade”, situa. Também segundo a nutricionista, apesar de algumas mudanças físicas e psicológicas se instalarem por causa da queda desse hormônio, nem todos os homens irão apresentar os sintomas característicos da andropausa. “Isso só acontece com aqueles que têm uma diminuição mais expressiva dos níveis hormonais e, ainda assim, as manifestações são mais discretas e menos aparentes do que nas mulheres. Os homens podem chegar aos 80 anos sem apresentar nenhum sintoma. O que determina isso, ninguém sabe”, finaliza.
Serviço
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Escrito por Amanda Oliveira, no dia 11/09/2019
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