Você já deve ter ouvido falar em candidíase – uma micose provocada por um fungo da espécie cândida (normalmente o Cândida albicans), que pode atacar tanto a região oral quanto vaginal. Mas será que você sabe como o uso de remédios e até a sua alimentação influenciam em tudo isso? De acordo com a nutricionista Amanda Oliveira, a vagina saudável contém naturalmente microorganismos (bactérias e fungos), que mantém o equilíbrio da microbiota vaginal. Mas o uso indiscriminado de antibióticos, anticoncepcionais com elevadas doses de hormônios, a presença de diabetes, alterações do sistema imunológico, entre outros fatores, favorecem o ambiente para a proliferação da Cândida, que pode atacar mucosas, intestino, pele e unhas, sugando nossa energia e nos deixando suscetíveis a doenças, infecções e alergias.
Mas você deve estar se perguntando: o que a alimentação tem a ver com tudo isso? Segundo a nutricionista Amanda Oliveira, a preferência por alimentos açucarados e/ou adocicados, leite e derivados é marcante nas pessoas com essa doença fúngica. E essas escolhas alimentares, somadas com as condições ambientais, são fatores que levam nosso organismo aos desequilíbrios. E é diante desse desequilíbrio que a candidíase se desenvolve.
Massas, pães, leite e doces além de nutrirem o fungo, modificam o pH intestinal, tornando o meio propício para a diminuição das bactérias probióticas. “O sistema imune, nível de pH e as bactérias benéficas nos protegem de maiores problemas pela exposição ao fungo. O organismo mantém o equilíbrio entre as bactérias probióticas, as patogênicas, comensais e os fungos. O desequilíbrio leva ao processo chamado de “disbiose intestinal”. Ao encontrar as condições apropriadas, os fungos multiplicam-se rapidamente, ocasionando a doença”, detalha Amanda Oliveira. A candidíase vaginal é caracterizada por irritação vaginal, coceira intensa e corrimento vaginal. “Homens também apresentam candidíase. Porém, são menos sintomáticos”, alerta.
Sintomas gerais da candidíase
Cansaço, indisposição, falta de energia, fadiga, alteração de humor, irritabilidade, mente cansada, pele coçando sem razão aparente, depressão, intestino muito preso ou solto demais, sensação de inchaço, muita produção de flatus (gases) e diagnóstico médico recente ou antigo de fungo vaginal ou micose de unha estão entre os sintomas mais comuns. No caso da candidíase vaginal, os sintomas são ardor, prurido, corrimento branco e espesso acompanhado de vermelhidão, inchaço e, eventualmente, pequenas bolhas na região genital. Recém-nascidos podem ser contaminados ainda durante o parto. A doença se manifesta como o famoso “sapinho”, e é identificada pela presença de placas brancas na língua, no céu da boca e também no interior de suas bochechas”, explica a nutricionista.
Tratamento nutricional
Para combater a candidíase, Amanda Oliveira recomenda a ingestão de orégano, alho, cebola, diversidade de legumes e verduras, suco de cranberry, óleo de coco extra virgem e alimentos com efeitos prebióticos, como biomassa de banana verde, batata yacon, água de Kefir, Kombuchá. “A retirada de alimentos fontes de lactose e de açúcar deve ser imediata, assim como o aumento do consumo de antioxidantes e anti-inflamatórios naturais. Recomendamos o açafrão da terra, pimenta do reino, alecrim, cacau, ômega 3, canela, chás, gengibre”, acrescenta Amanda Oliveira.
A dieta equilibrada associada ao uso de probióticos ajuda na manutenção do estado nutricional saudável do paciente melhorando a imunidade e os sintomas gástricos típicos da disbiose e candidíase. “A dieta deve ser realizada por, no mínimo, 3 meses, para alcançar os resultados pretendidos e não exclui o uso de medicamentos receitados pelo médico”, alerta.
Serviço
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Nutricionista esportiva
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Escrito por Amanda Oliveira, no dia 06/08/2019
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