O termo fibromialgia vem do latim e quer dizer ‘condição de dor proveniente de tendões, ligamentos e músculos’. Essa forma de reumatismo associada a uma sensibilidade maior do indivíduo frente ao estímulo doloroso caracteriza-se por dor crônica que migra por vários pontos do corpo e se manifesta especialmente nos tendões e nas articulações. Está relacionada com o funcionamento do sistema nervoso central e o mecanismo de supressão da dor que atinge, em 90% dos casos, mulheres entre 20 e 50 anos. A fibromialgia não provoca inflamações nem deformidades físicas como a artrose, mas costuma estar associada à outras doenças reumatológicas e isso pode confundir o diagnóstico. A causa específica da fibromialgia é desconhecida.
Mas o que isso tem a ver com a sua alimentação e como a dieta ideal pode amenizar esse problema? Conforme situa a nutricionista Dra. Amanda Oliveira, os níveis de serotonina são mais baixos nos portadores da doença e desequilíbrios hormonais, tensão e estresse podem estar envolvidos em seu aparecimento. “Normalmente, o paciente está intoxicado por produtos alimentícios e o corpo está produzindo citotoxinas que desencadeiam dores por todo o corpo”, explica. E olha, a doença é bem incômoda: “O paciente sente dor generalizada e recidivante (repetitiva), fadiga, pouca disposição física e energia, podendo apresentar alterações do sono, que é pouco reparador, síndrome do cólon irritável, sensibilidade (dor) durante a micção, cefaléia, distúrbios emocionais e psicológicos.
O diagnóstico baseia-se na identificação dos pontos dolorosos e ainda não existem exames laboratoriais complementares que possam orientá-lo. O tratamento exige cuidados multidisciplinares (reumatologista, nutricionista, ortopedista, psiquiatra / psicólogo). “Comer adequadamente combate o excesso de peso, pois é comum os pacientes engordarem por causa dos remédios ou pela falta de atividade física induzida pela dor. A alimentação detox ajuda na destoxificação do organismo. Devido à dor, a depressão e a fadiga, o paciente não tem ânimo para preparar seus alimentos e nem apetite. Logo, a escolha por produtos ricos em açúcares / gorduras, embutidos e alimentos industrializados é muito comum”, situa.
Quem sente dor, toma analgésicos. E o uso prolongado desses compostos aumenta a excreção de ácido ascórbico e potássio, podendo proporcionar uma deficiência de ferro e ocasionar uma anemia. Mas segundo a nutricionista, a influência vai além desse fator: “A alimentação deve ser focada em promover a saúde e o bem-estar. Tratar a disbiose (alteração da microbiota / população de bactérias - intestinal) é primordial. A nutricionista destaca a importância de ingerir alimentos que sejam fonte de cálcio e magnésio, já que estes atuam melhorando a contração muscular e transmissão de impulsos nervosos. “É recomendada o aumento da ingestão de brócolis, couve-flor, couve, repolho, alcachofra, abacaxi, mamão, alho, cebola, abacate, entre outros”, lista, responsáveis pela liberação de butirato que será utilizado pelas bactérias probióticas para controle intestinal. Conforme situa Dra. Amanda Oliveira, a retirada do glúten e da lactose pode ser uma estratégia e a inoculação de probióticos e simbióticos será essencial. Porém, tudo a seu tempo. “O efeito da dietoterapia não é imediato e a alimentação é mais um dos pilares do tratamento”, frisa.
São recomendados pela nutricionista alimentos fontes de vitamina C, B1, B2, B3, B6, ácido fólico e magnésio, que são precursores de triptofano (serotonina - sensação de bem-estar). “Consuma prebióticos e probióticos para melhorar a saúde do intestino, evitando a disbiose e prevenindo de infecções e intoxicação. Alimente-se de frutas, verduras, legumes crus e líquidos. Inclua na sua alimentação a Coenzima Q10, presente no espinafre, peixes de pequeno porte ( ex: Sardinha), nozes. Aumentar a ingestão de selênio também ajuda no processo de detox. A biomassa de banana verde também é recomendada”, completa.
O que muita gente não sabe é que a atividade física também pode ser bem recomendada nestes casos: “Ao se exercitar, o condicionamento físico aumenta, o que pode diminuir a sensibilidade à dor. Além disso, a atividade física tira o foco da dor, já que os nervos estão ocupados em transmitir as informações relacionadas ao exercício”, argumenta. Dra. Amanda Oliveira lembra, ainda, que o sucesso de todo tratamento de saúde está relacionado ao cérebro e intestino. “Sua imunidade (saúde fisiológica) depende da sua saúde intestinal. É preciso saúde mental, física e emocional. Procure fazer atividades e conviver com pessoas que te façam bem. Respire fundo, alimente-se bem e cuide do seu coração. Não é por acaso que a Nutrição se baseia na frase: “Mente são é igual a corpo são”.
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Amanda Oliveira
Nutricionista esportiva
e clinica funcional.
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Escrito por Amanda Oliveira, no dia 01/08/2019
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