Você ainda tem dúvidas?
Estamos vivendo a era dos aplicativos. Mal apareceram, já emergiram no mercado,
tornaram-se uma febre e, em alguns casos, já saturaram seu Iphone ou seu
smartphone, seu Ipad ou seu notebook. Isso confirma que chegou uma nova era
virtual.
Os alunos já manejam
vários deles, desde as crianças até os universitários ou pós-graduados. Alguns
professores já aderiram ao uso de poderosas ferramentas cada vez mais presentes
no mercado, vendidas ou disponíveis gratuitamente. Mas, estão aí.
Se alunos já conhecem
vários aplicativos e sabem manejá-los com destreza, se professores já aderiram
a eles e todos sabem muitos deles podem ser baixados gratuitamente, estamos
diante de uma grande oportunidade de a escola oficializar o uso de edu
aplicativos na sua rotina. Para isso, precisamos preparar o terreno.
Volto a insistir, como
fiz em outro artigo, que os aplicativos podem se tornar grande meio de
transformação da cultura escolar, uma vez que nos possibilitam maior e melhor
acesso a dados, informações e à construção do conhecimento. Evidentemente que
não basta adotar o uso de alguns aplicativos na escola, esperando que tudo vai
acontecer de forma espontânea e com resultados animadores. Tudo depende de
direção, pais, alunos e professores estabelecerem acordos ou combinados éticos
pontuais, com compromissos claros de usar os aplicativos com foco, com
objetivos predeterminados, com um planejamento bem delineado de trabalhos ou
projetos. Enfim, tudo é muito atraente, mas se a escola quiser obter sucesso na
exploração de aplicativos em seu ambiente e fora dele pelos seus alunos e
professores, terá de trabalhar antes na construção de uma outra cultura
escolar.
Em geral, os
aplicativos são ricos em componentes destinados ao lazer, à distração, ao
passatempo. Claro que seus elementos lúdicos são também educativos, mas se os
usuários quiserem mesmo estudar a partir dessas ferramentas, terão de
desenvolver uma disciplina para garantir foco nos estudos. Além disso, todos os
que apostarem nelas vão precisar aprender planejamento estratégico, criação de
metas, administração do tempo, determinação e motivação interna, para conduzir
o processo de aprendizagem. Alunos conseguem construir essas habilidades, mas precisam
da ajuda dos adultos.
Essa expectativa de
aluno aprendiz não é nova na história das ideias pedagógicas. Basta pegar os
manuais que falam das propostas progressistas de modelos de educação para
confirmarmos isso. O movimento da Escola Nova, tanto na Europa, como no Brasil,
pregaram a ideia da construção de uma cultura escolar em que o aluno fosse
formado como protagonista da sua aprendizagem. Isso ficou conhecido como
pedagogia ativa.
Vejo com muito otimismo
a grande oportunidade de as escolas retomarem essa direção com o apoio e o
suporte dos aplicativos, uma vez que eles levam à interatividade dos alunos
entre si e com os professores. Vejo esse potencial dos aplicativos como uma
grande oportunidade de mudarmos a rotina entediante da escola atual.
Claro que tecnologia
sozinha não faz nada. E nada substitui o talento e as decisões humanas, mas
essas duas realidades juntas, podem criar a escola da maior aprendizagem e dos
melhores resultados que todos desejam.
Você está lendo o maior jornal do Alto Paraopeba e um dos maiores do interior de Minas!
Leia e Assine: (31)3763-5987 | (31)98272-3383
Escrito por Educação, no dia 14/09/2015