Tempo em Lafaiete: Hoje: 24° - 16° Agora: 18° Sexta, 22 de Novembro de 2024 Dólar agora: R$ 5,801 Euro agora: R$ 6,040
Educação


Cabeças abertas para as novas tecnologias



Se as novas gerações não são resistentes às novas tecnologias para a informação e comunicação (NTICS), por que os professores não conseguem adotá-las na educação escolar formal?  Não tenho informações oficiais, mas acredito que, Brasil afora, muitos professores estejam incentivando seus alunos a usar alguns aplicativos e redes sociais para a aprendizagem. Creio que para muitos professores ainda está difícil chegar a isso por algumas razões claras.

Possivelmente, pelo menos 80% dos professores que estão na ativa estejam com, pelo menos, 25 anos de exercício profissional. Viram a internet aparecer, expandir e se popularizar, mas já trabalhavam com seus alunos sem jamais ter imaginado a possibilidade de um dia a web informação e comunicação existir como ambiente para a aprendizagem e, muito menos, escolar.

Apesar de eu ter me despertado cedo para a internet e de ter sido um dos primeiros usuários da Utranet, primeiro provedor local, faço parte desse grupo de professores veteranos que é chamado de imigrantes nesse mundo virtual, enquanto nossos filhos, netos ou sobrinhos são conhecidos como nativos nele. Eu também jamais imaginei que a internet fosse expandir tanto como hoje e nunca me passou pela cabeça que ela pudesse se tornar uma aliada nossa na prática docente.

Acredito que outros professores, velhos como eu, digam o mesmo, mas outros devem ter atinado para a contribuição pedagógica das novas tecnologias e devem ter começado a trabalhar cedo com elas em salas de aulas. Essas pessoas tiveram a cabeça aberta e, tudo indica, já realizaram muitas façanhas e inovaram criativamente suas aulas. Basta dar uma surfada pelo Edu Youtube para confirmar como existem produções interessantes de alunos e professores até então.

Existem muitos professores de cabeça aberta, que inseriram as novas tecnologias em suas aulas e que inovaram sua prática docente. Acredito que tiveram de se esforçar muito, pois os alunos também precisam ter cabeça aberta para perceberem que aplicativos e ferramentas e vida virtual trazem muitos benefícios, mas exigem comprometimento e maturidade, mesmo dos mais novos. Imagino como os professores estão precisando estabelecer claros e rigorosos combinados com seus alunos, para usarem o smartphone, o tablet, o Facebook, o Twiter, o YouTube e outras ferramentas e ambientes virtuais para realmente estudarem e aprenderem.

O problema é que, se de um lado os alunos têm muita facilidade para manejar esse universo eletrônico e suas ferramentas e aplicativos, por outro lado, eles são fascinados por tudo isso por causa da distração e do prazer que elas lhes proporcionam. O próprio aluno que convive espontaneamente com as novas tecnologias, precisam abrir a cabeça para usá-las, também, como um recurso para a aprendizagem mais sistematizada. E, de fato, o cosmos virtual e suas redes, aplicativos e ferramentas se tornou algo fantástico, a maior biblioteca e ambiente de aprendizagem jamais existente em outras épocas. 

Desde que seja feito um combinado entre escola, pais e alunos, há vantagens enormes de passar a usar as novas tecnologias na escola e de transformá-las em meio de integração entre casa e escola, de alunos e professores entre si e de todos em comum.

Creio que o mundo virtual poderá ser um instrumento de transformação da escola e de nossas antigas aulas, pois professores e alunos vão se tornar agentes de aprendizagem constante. Isso mudará o papel do professor em orientador da aprendizagem, enquanto ele próprio aprende. Estamos diante de um mundo virtual surpreendentemente capaz de formar jovens e professores criativos e inovadores, pela construção de uma inteligência coletiva. Isso vai exigir cabeça aberta, capaz de assumir compromissos com a aprendizagem.



Você está lendo o maior jornal do Alto Paraopeba e um dos maiores do interior de Minas!
Leia e Assine: (31)3763-5987 | (31)98272-3383


Escrito por Educação, no dia 04/09/2015




Comente esta Coluna