Entre os dias 20 e 28 de setembro, 23 membros da Turma dos Ô Quêêê se aventuraram na Amazônia, mais precisamente, nos rios Juma e Aripuanã e seus lagos próximos. As dificuldades com logística de acesso ao local fizeram desta uma pescaria diferente de todas as que haviam sido feitas pelo grupo em seus 21 anos de existência. E foi exatamente por isso que a preparação começou cedo, ainda no final de 2017, logo após a ida do grupo à Pousada Águas do Guaporé. A tradicional confraternização entre as famílias dos pescadores foi realizada no dia 25 de agosto, no belo sítio do companheiro Ronei, em Olaria, próximo à Casa Grande.
Alexandre, Anésio, Artur, Carlos ERM, Cláudio Josué, Celso Gotierre, Diego Garrido, Fernando Praynha, Fábio Ordones, Xico Stockler, Jaime, Jairinho, João Paulo Bittencourt, Joel, Silvestre, Luiz Ramalho, Paulão, Rafael Grassano, Raul, Ronei, Teté, Valtinho e Zinho Mendes participaram. Na última hora, nosso amigo Mauro topógrafo, em função de problemas momentâneos de saúde, não pôde participar. Diego foi o novato do grupo. Como excelente pessoa que é, foi acolhido com muito carinho pelo grupo e pôde desfrutar desta grande família de pescadores que é a Turma dos Ô Quêêê.
A viagem de ida - Do aeroporto de Confins. De lá, viajamos pela Gol até Brasília, de onde seguimos para Manaus. Na capital do Amazonas, fomos recebidos pelo guia Vital, que nos levou até o Hotel Plaza, próximo ao Teatro do Amazonas. Tarde e noite livres, com os companheiros aproveitamos para almoçar uma bela banda de tambaqui e visitar os shoppings da Amazônia e Manauara. O grupo dormiu cedo, pois no dia seguinte, às 5h da manhã, seria transportado pela barca Zé Holanda, com capacidade para 120 pessoas, na segunda etapa da viagem.
Desta vez, 10h descendo o rio Negro até o encontro com o Solimões, prosseguindo pelo rio Amazonas 3h e, depois, mais 7h subindo o rio Madeira para, enfim, chegar a Novo Aripuanã, por volta das 16h30. Mas para chegar à Pousada Aripuanã ainda havia muito chão ou água para desbravar: uma turma foi de van, outras de caminhonete, em um trajeto de 120 km de uma estrada em razoáveis condições. Outra turma ainda foi de barco, subindo por 2h30 o rio Aripuanã até chegar ao nosso destino por volta das 21h30.
Encravada na selva amazônica, a 120 km por terra da cidade de Novo Aripuanã, a pousada é uma construção de madeira, com capacidade para receber 26 pescadores, equipada com motor a diesel para fornecer energia elétrica. Tem bar, cozinha, restaurante, internet Wi-Fi, ar condicionado e geladeiras em cada quarto duplo ou triplo. O pessoal se esforça muito em atender os desejos dos pescadores, embora, às vezes, haja dificuldades em função do isolamento do local. Uma alimentação simples, mas saborosa, além de tira-gostos - principalmente de peixe, foram distribuídos para consumo dos pescadores durante todos os dias.
A pescaria ? pescamos ao longo dos rios Aripuanã, Juma e seus lagos e igarapés. Foram pegos muitos tucunarés nas iscas artificiais. Muitas ações, muitas linhas arrebentadas e muitos sustos com tucunarés grandes foram relatados. A maior parte tinha entre 4kg e 5kg, o que já dá uma luta muito boa com o peixe. Os aruanãs também fizeram a festa da moçada, sendo fisgados por praticamente todos os pescadores. Foram pegos, ainda, muitos peixes de couro, com destaque para as pirararas. Os campeões foram Artur Donato (maior peixe de couro: Pirarara de 30 kg), Paulão (maior tucunaré: 7,4kg) e Anésio (maior quantidade de peixes). Após a premiação e entrega de troféus, a pousada serviu um bolo para comemoração pelo aniversário do pescador Alexandre Baêta, que acontecia justamente neste dia.
De volta a Manaus - no dia 27, iniciamos nosso retorno a Manaus, viajando de van, caminhonete e barco para Novo Aripuanã. De lá, três aviões de nove lugares alugados nos levaram até o aeroporto Flores, em Manaus. Uma viagem tranquila, por cima da floresta amazônica, um lugar ainda bastante preservado. 1h depois, às 13h, o último avião pousou e, por volta das 14h30, já estávamos hospedados no Hotel Go Inn, no Centro. Após um bom banho, os pescadores aproveitaram os shows nas ruas adjacentes ao Teatro Amazonas, em comemoração ao Dia Mundial do Turismo, e conheceram várias características do folclore amazonense. No dia seguinte, alguns fizeram visitas a pontos turísticos da cidade, principalmente ao famoso Mercado do Peixe. Após o almoço, todos se prepararam para o retorno a Lafaiete, deixando o aeroporto internacional às 13h50.
O retorno a Lafaiete - Em
voos bem tranquilos, primeiro para Brasília e depois para Confins, a turma
chegou ao seu destino por volta das 22h15. Após despedidas do pessoal de BH, os
demais embarcaram no ônibus da Saritur, já estava esperando. Chegamos a
Lafaiete por volta das 1h30 do dia 28, encerrando mais esta aventura da Turma
dos Ô Quêêê. (Confira mais fotos em nossa galeria http://www.jornalcorreiodacidade.com.br/galeria/index.php?id=31)
José Silvestre Vieira
Pescador e observador de aves
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Escrito por Pesca, no dia 19/10/2018