Foto: Arquivo Jornal CORREIO
Prefeito Leandro Chagas
Conselheiro Lafaiete enfrenta uma decisão que marcará sua história: destruir ou preservar? Estamos falando de uma das últimas áreas de mata nativa no perímetro urbano, um pulmão verde vital para nossa cidade, que regula o clima, garante o fornecimento de água e protege o bem-estar de todos. O que faremos com ela? Permitiremos que desapareça para sempre?
No bairro Santo Agostinho, uma área de 22 mil m² de vegetação nativa está ameaçada. Parte dessa área foi doada sem consulta à comunidade, sem ouvir aqueles que dependem dessa natureza. O pior: a doação foi feita para a construção de seis torres de prédios, um empreendimento que traz promessas de crescimento, mas que, na prática, custará nossa saúde, o equilíbrio ecológico e o futuro da cidade. Não foram apresentados estudos de impacto ambiental ou de vizinhança - instrumentos essenciais para garantir a transparência e avaliar os danos potenciais.
Falam em “preservar a Área de Preservação Permanente”, mas sabemos que isso é um eufemismo vazio. A floresta não é apenas uma linha no mapa - ela é a essência da vida. Sem a mata, a cidade será mais quente, mais seca, mais poluída. O número de desastres naturais crescerá, e a água que temos hoje pode faltar amanhã.
A comunidade do Santo Agostinho não se opõe à construção de moradias. Mas não podemos aceitar que nossa saúde e o futuro dos nossos filhos sejam sacrificados por essa “expansão”. Não podemos perder o que não pode ser substituído. A natureza não é um luxo; é nossa base. Sem ela, não temos futuro.
Por isso, propomos uma alternativa que preserve e valorize nossa cidade: transformar esses 22 mil m² em um parque público - o Ramos e Raízes. Um espaço de convivência, lazer e educação ambiental, acessível a todos, onde as famílias possam desfrutar da natureza e aprender sobre sua importância. Esse parque não será apenas um local de lazer - será um motor de desenvolvimento. Pode gerar empregos diretos e indiretos, impulsionando a economia local, desde a construção até as atividades turísticas e culturais que o espaço poderá oferecer. Esse pulmão verde proporcionará qualidade de vida, equilíbrio ecológico e novas oportunidades para a comunidade.
O desmatamento não mata apenas árvores - mata nossa chance de um futuro melhor. Sem vegetação e sem nascentes preservadas, condenamos nossa cidade a um futuro mais quente, com menos água e mais poluição. Quem sofrerá mais? Nossas crianças, nossos idosos, os mais vulneráveis. A destruição da natureza é irreversível e, uma vez perdida, não há como recuperar.
Preservar a Mata do Santo Agostinho e transformá-la em um parque não é apenas uma ação de preservação - é um ato de coragem e visão para o futuro. É a chance de mostrar que temos responsabilidade pelo amanhã. Não se trata apenas de salvar uma área verde; trata-se de salvar nossa cidade, nossa identidade, nossa história.
Prefeito Leandro Chagas, sua decisão será marcada na história de Lafaiete. Não se trata de uma escolha política, mas de ser o líder que protege a cidade - ou aquele que permitiu sua destruição. O que você escolherá? O futuro da cidade está em suas mãos.
E à sociedade de Lafaiete: todos nós temos um papel nessa luta. Não é uma causa de um pequeno grupo, mas de todos nós. Se queremos um futuro digno para nossos filhos, precisamos agir agora. Nossa voz é a chave para impedir essa destruição. Nossa união é a força que garantirá a preservação. Vamos nos unir por aquilo que é nosso. Vamos levantar nossa voz por aquilo que não pode ser perdido. O futuro de nossa cidade depende da nossa ação. Não deixemos que ele se vá para sempre.
Rogéria Ramos
Presidente da Associação dos Moradores Unidos do Bairro Santo Agostinho
Contato: whatsapp: [email protected]
Você está lendo o maior jornal do Alto Paraopeba e um dos maiores do interior de Minas!
Leia e Assine: (31)3763-5987 | (31)98272-3383
Postado por Rafaela Melo, no dia 27/04/2025 - 11:18