Foto: Arquivo/Jornal CORREIO
Lafaiete, Congonhas e Ouro Branco registraram, entre janeiro e março deste ano, uma queda brusca nas estatísticas
Em uma região onde feriados prolongados e as primeiras chuvas do ano podem deixar amargas lembranças, os primeiros meses de 2025 trouxeram um alívio raro ao Alto Paraopeba. De acordo com dados do Observatório de Segurança Pública/Sejusp, as três principais cidades da região - Lafaiete, Congonhas e Ouro Branco - registraram, entre janeiro e março deste ano, uma queda brusca nas estatísticas de acidentes de trânsito em suas rodovias estaduais e municipais. Foram apenas 57 ocorrências no total, contra 542 ao longo de todo o ano passado. E há uma notícia ainda melhor: nenhuma morte registrada até agora.
Panorama em números (provisórios)
Na BR 040 e MGs 129, 383 e 482, que cortam a cidade mais populosa da região, Lafaiete, o número de acidentes caiu de 177 em 2024 para 37 no primeiro trimestre de 2025. Já em Congonhas, palco de nada menos que 280 ocorrências no ano passado, apenas 6 acidentes foram registrados este ano até agora. E Ouro Branco, apesar da movimentação industrial e de importantes rotas logísticas, com alto fluxo de carretas, computou 14 registros - frente a 85 em 2024.
Vale lembrar: os dados de 2025 referem-se somente aos três primeiros meses do ano, enquanto os de 2024 abrangem o ano completo. Por isso, qualquer comparação direta corre o risco de falsear o cenário. Enquanto o Alto Paraopeba dá sinais de trégua, o cenário nacional segue sombrio. O número de acidentes e de vítimas nas rodovias federais e de Minas disparou entre 2023 e 2024 de acordo com dados divulgados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). O total de ocorrências federais aumentou de 67.766 em 2023 para 73.114 (7,8%), em 2024.
Estado com maior malha viária, Minas Gerais também é o mais violento, passando no mesmo período de 9.007 acidentes para 9288 (+3,1%). O percentual de mortes nas estradas nacionais e mineiras atingiu o mesmo patamar, com aumento de 9,3% no número de pessoas que perderam suas vidas, sendo que no Brasil esse quantitativo saltou de 5.627 para 6.153 óbitos, enquanto em Minas a violência avançou de 726 para 794 vítimas, entre 2023 e 2024.
Calmaria real ou acidental?
A queda dos números na região do Alto Paraopeba pode ter múltiplas explicações: mudanças no fluxo rodoviário, melhorias em sinalização e obras em trechos críticos feitas pela nova concessionária, a EPR Via Mineira, ou até mesmo alterações no comportamento dos motoristas. Afinal, trafegar entre os buracos enormes das rodovias estaduais e até da 040 exige cautela redobrada – em especial, nos períodos de chuva.
Os próximos meses serão decisivos para entender se o primeiro trimestre de 2025 foi um ponto fora da curva ou o prenúncio de uma reversão real nas estatísticas. Por enquanto, o silêncio nas rodovias do Alto Paraopeba é promissor, mas insuficiente para declarar vitória. E, como bem sabem os motoristas que cruzam diariamente as BRs e MGs da região, basta um piscar de olhos - ou uma ultrapassagem mal calculada - para que as estatísticas voltem a sangrar.
Fonte: Sejusp
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Postado por Maria Teresa, no dia 20/04/2025 - 08:50