Foto: arquivo pessoal
Quando pensamos em desenvolvimento infantil, a terapia ocupacional, insere nesse tema o “brincar” como uma atividade natural (brincar é a atividade mais importante na vida da criança) e que deve ser introduzida no dia-a-dia das crianças – independentemente da idade ou local em que a criança se encontra – infelizmente com as mudanças dos séculos e por questões sociais e de crenças, muitas crianças apresentam em suas rotinas muitos afazeres e deveres, restando pouco tempo para as brincadeiras.
Nós terapeutas ocupacionais reforçamos que o “brincar” deve estar presente na rotina da criança e em diferentes contextos, com diferentes personagens: pais, responsáveis, irmãos, crianças da mesma ou diferentes idades.
A terapia ocupacional utiliza a brincadeira como forma de desenvolver a criança naquilo que ela apresenta dificuldade ou em aspectos de desenvolvimento que ela apresenta algum atraso, utilizando avaliações que observam critérios específicos do desenvolvimento e a forma com a criança a realiza.
Pesquisas realizadas recentemente mostram que o brincar traz ao desenvolvimento infantil a ludicidade (desenvolve a criatividade, o conhecimento e interesse pela brincadeira, interação com outras pessoas, empatia, autonomia), o prazer, as emoções, o desenvolvimento da imaginação (faz-de-conta), da auto-estima, do autoconceito positivo, da resiliência (enfrentar seus problemas e dificuldades), desenvolvimento do pensamento, da iniciativa e entre outros comportamentos que são adquiridos na infância e utilizados na fase adulta.
Sendo assim, o brincar é considerado uma ocupação de fundamental importância na infância, pois permite que a criança explore o mundo e vivencie novas experiências. Também contribui na construção da personalidade e promove aprendizagem significativa para o desempenho ocupacional. O brincar é fundamental para cultivar capacidades, habilidades, interesses e hábitos de competição e cooperação necessários para a competência na vida adulta.
O brincar deve estar presente no cotidiano de qualquer criança, pois sua ausência pode ocasionar incapacidades que prejudicam o desenvolvimento infantil. Entretanto, quando a criança tem alguma deficiência ou dificuldade sua autonomia para se engajar em uma brincadeira pode estar comprometida, tornando-se necessário que os pais tenham um maior envolvimento para favorecer o brincar da criança. Nesses casos deve procurar avaliação de um terapeuta ocupacional para auxiliar nesse processo de aquisição das habilidades para brincar.
Enfim quando observar que o desenvolvimento da criança não está dentro do esperado para idade, busque sempre ajuda, avaliação e intervenção precoce são fundamentais para bons resultados na estimulação do desenvolvimento neuropsicomotor da criança. Lembrando que o terapeuta ocupacional usa instrumentos avaliativos padronizados e validados para avaliar e propor condutas terapêuticas, e durante os atendimentos usará do brincar e das brincadeiras para de forma prazerosa alcançar seus objetivos junto a criança (o brincar vem sendo reconhecido pela sua função terapêutica, ele modifica o ambiente, o comportamento e o psicológico da criança).
Não podemos esquecer que é a primeira e mais importante função da criança é através do brincar que ela vai desenvolver habilidades para realizar suas atividades de vida diária e prática. O brincar é fundamental para desenvolvimento global das crianças.
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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 05/03/2025 - 14:20