Fotos: Edmilson Dutra/ Rafaela Melo
Luiz Fernando, Rafaela Melo, Rafael Lana, Alex Gomes e Ana Clara, no dia da entrega da impressora ao Museu Ferroviário
Um novo capítulo na preservação da memória de Conselheiro Lafaiete foi escrito com a chegada de uma peça emblemática ao Museu Ferroviário da cidade. Uma antiga máquina de impressão de jornais, símbolo da trajetória da imprensa local, agora integra o acervo do espaço, proporcionando aos visitantes uma conexão concreta com a evolução da comunicação. O equipamento foi doado por Luiz Fernando de Andrade, diretor e editor do Jornal CORREIO, no dia 28 de janeiro, em um gesto elogiado por autoridades e gestores culturais. Trata-se de uma Solna 125, produzida em 1976, na Suécia, mas que até hoje é utilizada em muitas gráficas do país – a primeira adquirida pelo semanário. Rafael Lana, secretário municipal de Governo, ressaltou a relevância do equipamento para a documentação da imprensa escrita na região. "Ela vem para completar um acervo muito valioso, que inclui exemplares de décadas passadas.
O Museu Ferroviário é o lugar mais adequado para abrigar esta relíquia, que representa o início do processo de comunicação em nossa cidade", afirmou. Lana também enfatizou o contraste entre o maquinário antigo e a revolução digital que molda o jornalismo atual. "Com o tempo, esta peça se tornará ainda mais valiosa.
O avanço das máquinas digitais e da inteligência artificial distanciou as novas gerações dos processos mecânicos de impressão. Preservá-la é garantir que este conhecimento e esta história não se percam", completou. Para Alex Gomes, secretário de Cultura, a chegada da máquina reforça o papel do jornalismo na construção da identidade municipal. "O jornalismo é um instrumento fundamental para registrar os acontecimentos e transformações de uma cidade. Sem ele, seria impossível compreender o que foi e o que é Lafaiete", declarou. O secretário também defendeu uma maior valorização do Museu Ferroviário, que, segundo ele, precisa de mais visibilidade. "Nosso objetivo é ampliar sua divulgação, pois se trata de um dos maiores patrimônios culturais da cidade", afirmou, antecipando ações voltadas à popularização do espaço para os próximos anos. Ana Clara Pereira, gerente de Cultura, compartilhou da mesma visão e destacou o impacto da doação para o sentimento de pertencimento da comunidade. "Quando conhecemos nossa história, nos sentimos mais conectados à cidade. Esta máquina é um símbolo da trajetória do jornalismo local e precisa ser preservada", afirmou.
Resgate histórico e impacto cultural A instalação do equipamento no Museu Ferroviário permite que visitantes conheçam de perto um processo que, para as novas gerações, pode parecer distante. "Esta máquina vai despertar o imaginário de todos, principalmente das crianças, que talvez nunca tenham imaginado como um jornal era impresso", disse Alex Gomes. Flávia Oliveira, assistente de acervo bibliográfico, reforçou a importância da iniciativa ao destacar que a impressora passa a ser um bem cultural da cidade, enriquecendo o patrimônio histórico e atraindo turistas e pesquisadores. "Ela será utilizada em atividades educativas, mostrando como funcionava a tecnologia de impressão antigamente e a importância da informação na construção social", concluiu.
O Centro Cultural Maria Andrade Resende fica na rua Marechal Floriano Peixoto, sem nº, São Sebastião, pelo acesso ao túnel Ovídio Barbosa. Contato: 3764 -9802. Horário de atendimento ao público: segunda a sexta, das 9h às 16h.
Autoridades da PMCL e Luiz Fernando observam os cadernos impressos do Jornal CORREIO, que vêm sendo usados como pesquisas pela comunidade e escolas da cidade e região
Jussara Andrade, Luiz Fernando de Andrade, Alex Gomes, Ana Clara Pereira, Rafael Lana e Flávia Oliveira posam para a foto oficial ao lado da impressora Solna 125
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Postado por Rafaela Melo, no dia 16/02/2025 - 12:30
