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As dicas de Fabiana Rodrigues podem fazer a diferença
A transição desse período de descanso e horários flexíveis para a rotina escolar mais rígida exige planejamento, paciência e uma abordagem cuidadosa. Quatro dicas de Fabiana Rodrigues, terapeuta ocupacional infantil e CEO da Clínica Terapia Sensorial, podem fazer a diferença. A primeira delas é a comunicação aberta entre pais e filhos.
“Por meio do diálogo, os adultos podem perceber e lidar com as necessidades das crianças e entender em que pontos podem ajudar seus filhos da melhor maneira possível. É muito importante acolher e estar disponível. Crianças e jovens não aderem à rotina na mesma velocidade. Portanto, tenha paciência e persistência”, aconselha.
E por falar em rotina, é preciso deixar claro quais serão os novos horários e atividades. “Converse com as crianças sobre que horas elas terão de dormir e acordar, quando devem fazer as tarefas de casa, sair para a escola e retornar. Estabeleça limites para o uso de telas e, se elas fazem outras atividades, como idiomas ou exercícios físicos, acerte como isso será incluído na nova rotina. E, tão importante quanto isso tudo, são os horários de lazer e descanso. A nova rotina deve ter tempo para que as crianças se divirtam, brinquem e relaxem também”, pontua.
Outro passo importante é ajudar a criança a se organizar: “Crianças e adolescentes ainda estão desenvolvendo o córtex pré-frontal, o que significa que suas habilidades temporais e de organização não estão plenamente formadas. Por esse motivo, os pais devem participar da organização junto aos filhos, fazendo junto com eles, e não por eles ou sem eles. Quando o filho estiver envolvido no processo de organizar e planejar sua rotina, a chance de ele se engajar com essa retomada será muito maior”, aconselha.
Ainda segundo a terapeuta, incentivar as crianças a se organizarem é uma forma de fomentar o interesse e a responsabilidade com a escola e os estudos. “As crianças e jovens, em geral, não estão sedentos pelos novos conteúdos. Pais podem estimular esta volta às aulas focados em promover a curiosidade pela aprendizagem e pela troca com os pares. Uma forma prática de fazer isso é preparar o material escolar, uniforme, lancheira e o ambiente doméstico de estudo juntos”, acrescenta.
E, quando as aulas retornarem, mostre interesse real pelo aprendizado da criança. Não deixe de acompanhar a vida escolar dos filhos depois da volta às aulas. Para além do “como foi a escola?” e do “quando preciso pegar seu boletim?”, interaja nas atividades e mantenha uma comunicação aberta com a escola. Criem o hábito de conversar diariamente sobre o dia de aula, "estimulando a criança a falar sobre o que gostou, o que não gostou, das atividades acadêmicas e das brincadeiras, dos colegas e validando o que ela está contando", explica.
Vale lembrar que o envolvimento parental pode ser feito de diversas formas, desde suporte e orientação acadêmica, hábitos e rotinas familiares, até o reconhecimento do aprendizado e padrões de recompensa. “Além disso, é importante haver estímulo para exploração e curiosidade, que pode ser feito com a proposta de jogos educativos, hobbies e idas a museus, bibliotecas e outros locais históricos e culturais. Ter em casa recursos para aprendizado também é desejável. Eles podem ser livros, jogos, mapas e outros brinquedos.”
Fabiana Rodrigues
Terapeuta Ocupacional Infantil - CREFITO 4 - 11582TO | CLASI CASI #2898
CEO da Clínica Terapia Sensorial Ltda.
Contatos: @terapiasensorialcl | [email protected]
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Postado por Rafaela Melo, no dia 15/02/2025 - 10:20