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Comunidade


Exposição perigosa: uma em cada três crianças tem perfil aberto nas redes sociais



Foto: Joédson Alves/Agência Brasil



Aos 12 anos, uma menina de São Paulo tem a rotina conectada ao seu celular, constantemente vibrando com novas interações e seguidores. Com seu perfil aberto em redes como Instagram e Snapchat, ela compartilha momentos da vida sem qualquer restrição, deixando sua mãe, a publicitária Suzana Oliveira, profundamente preocupada. Essa realidade, infelizmente, não é única, mas representa um cenário alarmante: a cada três perfis de crianças e adolescentes de 7 a 17 anos no Brasil, um é totalmente acessível ao público, sem qualquer tipo de controle de privacidade. Esse dado é parte de um levantamento realizado pela empresa Unico e o Instituto de Pesquisas Locomotiva, que ouviu 2.006 responsáveis em todo o Brasil. A pesquisa, divulgada no Dia Internacional da Proteção de Dados, alerta para os riscos que a exposição excessiva nas redes sociais pode gerar, como o aumento da vulnerabilidade a fraudes, crimes cibernéticos e danos à saúde mental.

Entre as descobertas mais preocupantes, está o fato de que quase metade das crianças e adolescentes não controla seus seguidores nas redes sociais, permitindo que desconhecidos interajam com suas postagens. Para Suzana, esse comportamento tem causado longas discussões em casa, gerando ansiedade e estresse na filha, apesar de seus esforços em limitar o tempo de tela e monitorar suas atividades. A diretora de proteção de dados da Unico, Diana Troper, reforça que a facilidade com que essas informações são acessadas pode ser explorada por pessoas mal-intencionadas, criando um "mapa de vulnerabilidades" a partir de dados como fotos, localizações e até mesmo a identificação de escolas e ambientes frequentados.

O estudo também revela que, apesar de 89% dos pais acreditarem estar preparados para proteger a privacidade dos filhos online, muitos desconhecem as ações que podem resultar em vazamentos de dados. A conscientização e a educação digital são vistas como essenciais para proteger as gerações mais jovens no ambiente online, com a recomendação de que os perfis sejam mantidos privados.  O medo dos pais é compreensível. Em Brasília, Keila Santana, mãe de dois filhos, monitora de perto o uso das redes sociais, impondo limites rigorosos e garantindo que seus filhos se concentrem em atividades offline. Ela, assim como muitos outros responsáveis, teme os impactos negativos dos padrões estéticos e da propagação de conteúdos prejudiciais, como discurso de ódio e preconceito.

Enquanto isso, Luciana Alencar, outra mãe brasiliense, expressa a preocupação com o grande volume de informações recebidas pelos filhos, muitas vezes associadas a comportamentos de discriminação e intolerância. Para ela, a educação é a chave para evitar que os filhos se tornem replicadores dessas mensagens. O desafio é claro: em um mundo cada vez mais conectado, proteger a privacidade e o bem-estar das crianças e adolescentes exige um esforço coletivo, que passa pela conscientização dos pais e pela responsabilização das plataformas digitais.
 
 




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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 28/01/2025 - 12:37


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