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Especialista alerta: "Internet se tornou um campo minado para crianças e jovens"



Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil



A internet, antes vista como um espaço de aprendizado e diversão para crianças e adolescentes, tornou-se uma verdadeira “armadilha digital”, alerta Pedro Hartung, advogado e diretor de Políticas e Direitos das Crianças do Instituto Alana. Segundo o especialista, a recente redução nas normas de moderação das plataformas, especialmente nas redes sociais de grandes empresas como a Meta, aumenta a vulnerabilidade de crianças e jovens, deixando-os ainda mais expostos a riscos como crimes virtuais, violência e exploração.

Em entrevista à Agência Brasil, Hartung afirmou que, ao flexibilizar a moderação de conteúdo, as plataformas criam um ambiente propício para a disseminação de conteúdos nocivos, como pornografia infantil, discurso de ódio, cyberbullying e até apologia ao crime. "O que já era perigoso ficou ainda pior", destacou, ressaltando que crianças, especialmente as mais vulneráveis socialmente, estão sendo mais afetadas por essas mudanças.

O especialista criticou a falta de participação das empresas de tecnologia nos debates públicos sobre a proteção de menores no ambiente digital, como evidenciado na recente audiência pública da Advocacia-Geral da União (AGU). "As grandes plataformas precisam assumir sua responsabilidade e não colocar a culpa apenas nas famílias ou na escola", afirmou.

Hartung também destacou o impacto desproporcional nas crianças negras, periféricas e meninas, que estão mais expostas a violências interseccionais no digital, como o machismo e o racismo. Ele alertou para a necessidade urgente de regulamentação eficaz das plataformas, mencionando a relevância do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em seu 35º aniversário, e a importância do Estado em fiscalizar e garantir a segurança das crianças nas redes.

O pesquisador defendeu a criação de políticas públicas robustas, como a educação digital, que ensinem as crianças a ler criticamente a mídia e a proteger sua privacidade online. "Não podemos esperar mais. A lei já existe, e o Estado precisa fazer cumprir", concluiu.
 
 
 
 
 




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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 26/01/2025 - 13:20


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