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Jovem de Congonhas gabarita matemática no Enem e sonha com Ciência da Computação na UFMG



Foto: Divulgação



Henrique Pedra, de 18 anos, alcançou uma proeza que poucos conseguem: acertar todas as questões de matemática no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Natural de Congonhas, ele atribui o resultado a anos de dedicação à disciplina que tanto ama e que considera uma verdadeira paixão. Formado no ensino fundamental pela escola municipal Pingo de Gente e pelo Colégio Piedade, Henrique já era reconhecido pelo talento em matemática desde a infância. Foi ainda durante o fundamental II, após mudar-se para Belo Horizonte, que o jovem começou a explorar o universo da matemática de forma autodidata.
“Estudei conteúdos avançados, como matrizes e cálculo I, ainda no 8º e 9º ano, durante a pandemia. Depois, no ensino médio, me aprofundei em cálculo II, cálculo III, introdução à mecânica quântica e até mesmo em tópicos de topologia e teoria dos números”, contou o estudante, que também aprendeu a programar jogos e inteligências artificiais (ainda que rudimentares) no 1º ano.
O que parece ser um currículo universitário era, para Henrique, parte de um hobby que acabou sendo decisivo no dia da prova. “Dominar assuntos mais avançados me deu uma base sólida nos conteúdos mais básicos e cobrados no Enem. Isso me permitiu resolver as questões com tranquilidade e confiança”, explicou.

Apesar do desempenho excepcional, a jornada não foi isenta de desafios. Henrique precisou superar dificuldades na redação, disciplina que não dominava no início do ano. “Era um ponto fraco para mim. Não conseguia administrar o tempo adequadamente e obtinha resultados insatisfatórios. Trabalhei nisso durante todo o ano e, na véspera do Enem, alcancei um nível que considerava bom”, relembra.
Então, chegou o tão aguardado dia, e até o prodígio da matemática sentiu o impacto das linhas em branco: “Fiquei um pouco em choque. Era minha primeira vez fazendo o Enem e um vestibular desse nível. Trabalhei muito para melhorar minha escrita e administrar o tempo. No final, consegui uma nota que me surpreendeu: 880.”
No dia do Enem, ele encarou o exame pela primeira vez e encontrou uma estratégia certeira. “Revisei todas as questões de matemática e conferi cada conta e raciocínio”, detalha. O resultado oficial confirmou o feito. Além de acertar todas as questões de matemática, Henrique obteve uma média alta o suficiente para sonhar com a vaga em Ciência da Computação na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“Minha nota reflete quem eu sou e todo o esforço que fiz desde o ensino fundamental. Agora é esperar o Sisu e torcer para que meu sonho se concretize. Mas, independentemente do resultado, estou orgulhoso do que alcancei”, afirmou o jovem, que já deixou sua marca em Congonhas e no cenário educacional brasileiro.

A família
Helbert Pedra, pai de Henrique, diz que ele e a mãe do jovem tinham expectativas para um bom resultado. “Vimos a dedicação e o esforço dele”, afirma. Helbert também reconhece o gosto do filho pela área de exatas e a autonomia que ele tem.Agora, a família aguarda ansiosa o desfecho do processo seletivo e torce para que Henrique consiga realizar seu sonho de cursar Ciência da Computação na UFMG, uma das mais renomadas universidades do país.

 




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Postado por Rafaela Melo, no dia 17/01/2025 - 12:20


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