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Regular redes sociais exige aliança internacional; defende pesquisadora



Foto: Tiago Dezan/Agência Brasil


 

Para a pesquisadora Débora Salles, coordenadora geral de pesquisa do Netlab da UFRJ, o Brasil precisa se unir a outros países para regulamentar plataformas digitais. Em entrevista à Agência Brasil, a doutora em Ciência da Informação analisou a decisão da Meta de reduzir a moderação de conteúdos potencialmente ofensivos ou falsos, apontando riscos à transparência e à segurança digital.

Salles destacou que, embora redes sociais como Facebook e Instagram tenham ferramentas para melhorar a qualidade das informações, a prioridade da empresa é o lucro. "O discurso de liberdade de expressão mascara a falta de compromisso com transparência e direitos dos usuários", afirmou. Ela ainda criticou o anúncio da Meta de encerrar parcerias com agências de checagem, delegando aos usuários a responsabilidade por moderar conteúdos.

Menos Moderação, Mais Polêmica

Segundo a pesquisadora, a redução da moderação favorece conteúdos polêmicos, que geram maior engajamento e, consequentemente, mais receita para a empresa. "Manter os usuários conectados é rentável, e a polêmica impulsiona a interação, mesmo que isso amplifique desinformação", explicou.

A especialista ressaltou que a falta de clareza nos critérios de remoção de conteúdos torna as decisões arbitrárias. Para ela, sem regulação, as plataformas continuarão atuando sem oferecer garantias de segurança ou respeito aos direitos dos usuários.

Desafios da Regulação no Brasil

Salles argumenta que ações isoladas do Brasil são insuficientes para enfrentar o poder das gigantes digitais. "Plataformas como Meta agem em blocos e resistem ferozmente a qualquer regulamentação que atribua responsabilidades a elas, seja por conteúdo orgânico ou publicitário", afirmou.

A pesquisadora acredita que uma aliança transnacional, envolvendo países da América Latina, pode ser o caminho para pressionar por maior transparência e responsabilização. "O modelo europeu mostrou resultados, mas foi construído com a força coletiva do bloco. Para o Brasil, a união regional seria uma estratégia crucial", concluiu.

A reportagem procurou a Meta para comentar as críticas, mas não obteve resposta.




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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 12/01/2025 - 14:35


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