Foto: João Godinho/O Tempo
A alta dos juros marcou 2024 como um ano desafiador para os fundos imobiliários. Com a taxa Selic encerrando o período em 12,25%, contrariando previsões de queda para patamares mais baixos, o cenário provocou uma maior cautela entre os investidores. Ainda assim, algumas oportunidades continuam despertando interesse. O impacto da Selic elevada é direto sobre os fundos imobiliários, afetando tanto a valorização de imóveis quanto a rentabilidade das aplicações. Com os financiamentos imobiliários mais caros, a procura por imóveis diminui, pressionando os preços dos ativos. Além disso, o aumento no custo do crédito para os fundos exige uma parcela maior das receitas para quitar dívidas, reduzindo o retorno aos cotistas.
Visão de longo prazo pode compensar o risco
Apesar das dificuldades, Jonata Tribioli, especialista em investimentos imobiliários, avalia que o momento é estratégico para quem planeja o futuro. “Fundos imobiliários são seguros. Mesmo em períodos ruins, é uma oportunidade para adquirir cotas a preços baixos, com grande potencial de valorização ao longo do tempo”, afirmou em entrevista.
No entanto, ele ressalta a necessidade de acompanhamento especializado. “Ter o apoio de um profissional é crucial. Ele monitora os fundos, realocando recursos para as opções mais promissoras.”
Fundos imobiliários: para quem vale o investimento?
A escolha depende do perfil do investidor e de seus objetivos financeiros. Quem busca ganhos rápidos ou liquidez imediata pode não encontrar nos fundos imobiliários a melhor alternativa. Porém, para aqueles dispostos a esperar e aproveitar a queda nos preços, há potencial para ganhos significativos no médio e longo prazo. Em 2025, o segredo será diversificar e adotar estratégias sólidas. Investidores bem-informados e com suporte técnico poderão aproveitar o momento de incertezas para converter desafios em resultados positivos.
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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 30/12/2024 - 15:20
