Foto: Fred Magno/Jornal O Tempo
O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) deu início ao cadastro do samba mineiro, passo essencial para que essa manifestação artística seja reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado. A iniciativa, lançada no início de dezembro, visa mapear grupos, coletivos e expressões associadas ao gênero, promovendo sua preservação e valorização. Em uma reunião virtual, o IEPHA reuniu especialistas do setor para fomentar discussões sobre o tema. A mediação ficou por conta de Carol Ministério, historiadora e gerente de Difusão e Educação para o Patrimônio Cultural. Entre os convidados estavam nomes de destaque na cena cultural, como:
Nilcemar Nogueira, fundadora do Museu do Samba e neta de Cartola e Dona Zica, que destacou o papel do samba na afirmação social e cultural brasileira.
Elzelina Dóris dos Santos, cantora e autora do programa “Cantando e Contando a História do Samba”, que trabalha pela preservação da memória do gênero.
Rafael Galante, historiador e etnomusicólogo, que realiza pesquisas sobre as conexões culturais entre Brasil e África.
O cadastro tem como objetivo identificar e caracterizar coletivos, além de mapear a disseminação do samba em Minas Gerais, que se manifesta em rodas, terreiros, quintais e escolas de samba. Com base nesses dados, será elaborado um dossiê para apreciação do Conselho Estadual do Patrimônio e Cultura (CONEP), que decidirá sobre a concessão do título de Patrimônio Cultural. Interessados podem se cadastrar pelo site oficial do IEPHA, na aba “Programas e Ações”. O processo está aberto por tempo indeterminado e conta com o apoio de entidades como a Liga das Entidades Carnavalescas de Conselheiro Lafaiete (LECAL), disponível para orientar os participantes. A ação reafirma o papel do samba como símbolo de identidade cultural em Minas Gerais, destacando sua relevância histórica e social para o estado.
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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 28/12/2024 - 07:20
