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Saúde


Fake News desafiam campanhas de vacinação contra a dengue no Brasil



foto: Agência Brasil


 

A luta contra a dengue no Brasil enfrenta um inimigo além do mosquito transmissor: as fake news. Um estudo conduzido pelo instituto Ipsos, em parceria com a biofarmacêutica Takeda e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), revelou que 41% dos entrevistados já receberam informações falsas sobre vacinas pelas redes sociais. Esse cenário reforça o impacto negativo da desinformação na adesão às campanhas de vacinação, incluindo a da dengue.

Apesar de 88% dos entrevistados reconhecerem a vacina contra a dengue como uma medida eficaz de prevenção, quase 30% dos dois mil participantes da pesquisa afirmaram já ter deixado de se vacinar ou até mesmo desencorajado outros por dúvidas sobre segurança e eficácia. Dentre esses, 10% tomaram essa decisão com base em informações falsas recebidas online ou por meio de amigos e familiares.

O Brasil lidera o ranking global de notificações de dengue em 2024, com 6,3 milhões de casos prováveis, sendo mais de 3 milhões confirmados em laboratório. Diante desse quadro alarmante, o presidente da SBI, Alberto Chebabo, reforça a urgência de combater a desinformação:

“É preciso enfrentar as fake news que desencorajam a população a se vacinar. A vacinação é uma medida essencial para proteger contra a dengue, especialmente durante uma epidemia como a que vivemos este ano”, afirmou.

“Informações falsas sobre vacinas em geral, formas de contágio e tratamentos acabam confundindo as pessoas e dificultando a adesão a medidas preventivas e ao tratamento adequado. Por isso, campanhas educativas consistentes e claras são essenciais para combater esses mitos e reforçar a importância da prevenção e da vacinação contra a dengue,” acrescenta.

Segundo o levantamento, as principais fontes de informação sobre vacinas e dengue são a TV (59%), redes sociais (49%) e postos de saúde (47%). No entanto, as redes sociais também lideram a exposição às fake news (27%), seguidas por WhatsApp e SMS (21%).

Um grupo particularmente vulnerável à desinformação são os pais, que representam 43% dos entrevistados. Apesar de 86% deles buscarem informações sobre a dengue, muitos acabam expostos a informações falsas em canais como redes sociais e aplicativos de mensagens.

“Os pais estão cada vez mais atentos à saúde dos filhos e reconhecem a importância das vacinas, mas ainda precisam de acesso a informações confiáveis para tomar decisões informadas”, destacou Chebabo.

Embora as fake news representem um obstáculo, há sinais de otimismo. O alto índice de confiança na vacina contra a dengue demonstra que a população brasileira está receptiva a medidas preventivas. Para os especialistas, o desafio está em ampliar a conscientização por meio de campanhas educativas, com foco em fontes confiáveis de informação.

“Temos visto avanços na conscientização. No entanto, é essencial fortalecer a confiança para combater a desinformação”, reitera Vivian Lee, diretora médica da Takeda Brasil.

Juliana Siegmann, pesquisadora do Ipsos, também ressaltou a importância de combater a desinformação: “Esse dado revela que é essencial oferecer informações qualificadas para a população, fortalecendo a confiança nas vacinas e enfrentando o impacto das fake news.”

No Brasil, onde a dengue é uma realidade preocupante, a informação pode ser tão crucial quanto a imunização. O combate à desinformação é, portanto, um passo fundamental para aumentar a adesão às campanhas de vacinação e reduzir o impacto da doença no País.

Fonte: Estado de Minas




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Postado por Nathália Coelho, no dia 24/11/2024 - 11:20


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