foto: arquivo jornal CORREIO
Lafaiete terá uma previsão orçamentária recorde para o próximo ano. O município espera arrecadar R$598.524.090,58 milhões, dos quais quase 50% serão destinados à folha de pagamento. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) determina que os municípios não devem gastar mais que 54% da receita líquida com folha de pagamento. Ou seja, Lafaiete está no limite do que prevê a legislação vigente. Dentro dessa lógica, o prefeito eleito Leandro Chagas (PRD) terá que se desdobrar para equacionar as despesas, principalmente com pessoal, e economizar recursos para investir em infraestrutura, saúde e educação.
Além disso, terá que resolver, em curto prazo, as grandes demandas do lixo, do trânsito, da segurança e, principalmente, da transporte coletivo local. Chagas pretende mostrar sua cara nos 100 primeiros dias de governo, atacando situações que, a seu ver, engessam o desenvolvimento da cidade. Ele elencou três passos que, segundo garante, farão o orçamento histórico render frutos nos próximos quatro anos. O primeiro deles é escolher bem seus assessores, trabalhando com pessoas competentes, influentes e que possam replicar suas ações, medidas e decisões que impactam a vida das pessoas.
Ele garante que está escolhendo a dedo seus assessores, todos comprometidos com o programa de governo e com as metas de governo, estabelecidas para os primeiros 100 dias, um ano, dois, três e quatro anos. O segundo passo previsto por Chagas, prevê o controle essencial dos gastos públicos e seu consequente ordenamento de acordo com a realidade econômica do município, que é considerado pobre e com estrutura arcaica. Essas medidas já estão sendo analisadas e devem ser implantadas ainda em janeiro, não o seu todo, evidentemente, mas grande parte delas.
Por último, o terceiro passo, que é uma revisão dos cargos públicos. O prefeito considera a prefeitura de Lafaiete inchada para os padrões atuais e isso terá que ser revisto, de forma a equacionar os gastos para se adequar aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, que recomenda como ideal, gastos de até 45% da receita para pagar pessoal. Essas medidas exigirão dedicação total ao chefe do executivo que, inclusive, já está na estrada em busca de recursos para o desenvolvimento de vários projetos, entre os quais a reforma do terminal rodoviário, da passagem de nível Ovídio Barbosa e da construção da clínica da mulher no prédio da UPA 24h.
Atualmente, a prefeitura de Lafaiete emprega 2.280 servidores contratados, 1.915 efetivos, 148 comissionados, 6 agentes políticos e 64 aposentados que recebem pela prefeitura, perfazendo um total de 4.413 funcionários. Isso representa uma folha de pagamento de R$20.909.331,68 milhões de reais todo mês. São com esses números que Leandro Chagas terá que lidar a partir de 1º de janeiro.
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Postado por Nathália Coelho, no dia 23/11/2024 - 17:20