A campanha para extinguir a escala 6x1, em que o trabalhador cumpre seis dias de trabalho para uma folga, tem mobilizado debates tanto no meio político quanto no setor produtivo. Liderada pela deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) e pelo vereador eleito Rick Azevedo (PSol-RJ), a proposta já conta com 134 assinaturas de parlamentares, aproximando-se do mínimo de 171 para tramitar como Proposta de Emenda Constitucional (PEC).
Formulada pelo movimento social Vida Além do Trabalho (VAT), liderado por Azevedo, a proposta visa modificar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), estipulando novos padrões de descanso para os trabalhadores. Segundo Erika Hilton, a mudança busca assegurar mais qualidade de vida e bem-estar para os trabalhadores brasileiros, alinhando-se a um modelo que já é realidade em alguns países europeus.
No entanto, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) e outras entidades do setor produtivo expressaram preocupação, prevendo um aumento de custos que poderia resultar em demissões. Segundo a CNC, o modelo atual de jornada é essencial para a eficiência produtiva, e mudanças abruptas poderiam desestabilizar o mercado de trabalho.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, do Partido dos Trabalhadores, ressaltou a importância de tratar a questão da jornada em convenções e acordos coletivos. Ele destacou que a redução para 40 horas semanais é uma possibilidade saudável, desde que negociada coletivamente. Para o Ministério do Trabalho, é essencial envolver diferentes setores em uma discussão abrangente que leve em conta as especificidades de cada área de atuação.
fonte: Estado de Minas
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Postado por Nathália Coelho, no dia 12/11/2024 - 18:20