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Comunidade


Praças e rodoviária de Lafaiete viram zona de risco e população cobra ação das autoridades

No episódio mais recente, pessoas em situação de rua iniciaram um incêndio na rodoviária e assaltantes agrediram um funcionário no banheiro



Fotos: Rafaela Melo


A rodoviária tornou-se palco de violência e criminalidade

“Não temos mais paz”. Esse foi o desabafo de um comerciante da região central da cidade, após mais um caso de violência envolvendo pessoas em situação de rua. Dessa vez, o fato ocorreu na rodoviária. Na manhã de quarta-feira, 30 de outubro, um colchão e a porta do terminal foram incendiados, deixando os trabalhadores e usuários da rodoviária em pânico: “Eles não respeitam o espaço da gente; está ficando cada vez mais difícil trabalhar por aqui”, declarou um comerciante, que preferiu não se identificar. Ele disse temer retaliações.
Essa foi mais uma, entre tantas ocorrências que vêm sendo registradas em pontos centrais de Lafaiete. Em julho, outro incêndio já havia levado pânico a frequentadores da praça São Sebastião. Naquela ocasião, andarilhos colocaram fogo no coreto. De acordo com testemunhas, o fogo teria iniciado durante uma briga entre pessoas que utilizavam o local como abrigo improvisado. Colchões e outros objetos que se acumulavam contribuíram para a propagação das chamas.
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros tiveram de ser acionados, evitando que o incêndio se alastrasse. Uma das pessoas em condição de vulnerabilidade precisou de atendimento médico. Na época, a indignação tomou conta dos moradores das adjacências, que se manifestaram nas redes sociais. Muitos deles pediram uma intervenção mais efetiva por parte das autoridades, destacando a necessidade de monitoramento e fiscalização na região. Vale lembrar ainda dos diversos episódios de desordem na praça Tiradentes, que também geraram denúncias e levaram autoridades a interditarem o entorno do coreto.
Leitores do Jornal CORREIO lamentaram a deterioração dos centros urbanos, como as praças, antes frequentadas por famílias e crianças, mas que agora despertam medo e apreensão: "Essa praça era ótima. Tínhamos vontade de vir aqui. E agora, como trazer uma criança ou um idoso para se distrair? Onde está a fiscalização?", reclamou um leitor.
O problema deflagrou também uma discussão de cunho social, sobre a atenção às pessoas em situação de rua: "Essas pessoas vêm ocupando os espaços públicos, como as praças. Muitos alegam que levar para abrigos não resolve a situação; essas pessoas não aceitam regras. Precisamos de uma intervenção urgente das autoridades”, alegou um morador do São Sebastião.
Em meio a tantas preocupações, o problema se agrava e soma-se a outros, como a escalada da criminalidade, reforçando o clima de insegurança no Centro da cidade. Em outra ocorrência recente, a PM registrou um ato de criminalidade e violência, no terminal rodoviário. Um auxiliar de serviços gerais foi atacado no banheiro da rodoviária. Segundo ele, cinco homens o renderam. O rapaz foi agredido pelo bando, que levou seu celular e um cartão bancário. Militares conseguiram localizar um dos acusados, um jovem de 19 anos, que confessou participação no crime. Ele foi preso.


Nossa Reportagem encaminhou um ofício à Secretaria de Desenvolvimento Social e Po­lícia Militar solicitando um posicionamento sobre as medidas que estão sendo to­madas em relação aos indivíduos vulneráveis, que vêm ocupando os lugares públicos.




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Postado por Rafaela Melo, no dia 12/11/2024 - 18:09


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