Foto: Divulgação
Foi sepultado no domingo, dia 13, o corpo de Regiane Raimunda Avelino, de 43 anos, vítima de um feminicídio registrado no sábado, no bairro Morro da Mina, em Lafaiete. O autor do crime, dono de um varejão e companheiro recente de Regiane, foi preso em um motel da cidade após tentar tirar a própria vida. A Polícia Militar precisou arrombar a porta do quarto onde ele se encontrava. A investigação revelou que Regiane foi morta com golpes de foice.
Assim que a PM foi acionada para a ocorrência de homicídio, encontrou o corpo da mulher com ferimentos graves. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou que Regiane já estava sem vida. Rapidamente, a polícia identificou o autor do crime e iniciou diligências, resultando em sua prisão e na apreensão de três armas de fogo, sendo uma em sua posse e duas em sua residência.
O caso de Regiane ocorre em um contexto alarmante: Minas Gerais registrou um aumento de 3% nas mortes violentas de mulheres em 2023 em comparação ao ano anterior. O 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho, revelou que 506 mulheres foram assassinadas no estado no último ano, das quais 183 foram vítimas de feminicídio. Um dado preocupante do levantamento é o crescimento do número de mulheres assassinadas que possuíam medidas protetivas. Em 2023, 27 mulheres com medidas de urgência ativas foram mortas, representando 14% das vítimas de feminicídio, acima da média nacional de 12,7%. Isso evidencia falhas no sistema de proteção e apoio às mulheres em situação de risco.
Além das mortes, as denúncias de violência doméstica em Minas Gerais também aumentaram drasticamente. O Disque 190 da Polícia Militar recebeu 69.259 chamadas em 2023, mais que o dobro do registrado em 2022. Esse aumento de 117,1% reflete tanto a gravidade da situação quanto a crescente disposição das vítimas em buscar ajuda. As ameaças e os casos de perseguição também cresceram, evidenciando o ciclo insidioso da violência contra as mulheres. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, esse aumento nos casos de feminicídio e violência doméstica pode ser uma reação aos avanços nos direitos das mulheres e na busca por igualdade de gênero. Diante desse cenário alarmante, a necessidade de medidas eficazes de proteção e prevenção se torna urgente. A falência das medidas protetivas, que deveriam assegurar a segurança das mulheres, exige uma revisão profunda dos sistemas de resposta e segurança.A luta pela vida e dignidade das mulheres não pode esperar. A conscientização e o combate à violência devem ser prioridades para toda a sociedade. É essencial que a comunidade se una em prol de um futuro mais seguro e igualitário para todos.
Recentemente, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) lançou o projeto “Chame a Frida”. Essa ferramenta consiste em um chatbot que utiliza o aplicativo WhatsApp para atender de forma imediata às solicitações de vítimas de violência por meio de mensagens pré-programadas. Na prática, a mulher inicia uma conversa e, automaticamente, é realizado o acolhimento e o esclarecimento das principais dúvidas. A atendente virtual Frida também pode encaminhar a vítima para atendimento com um policial, além de apresentar os serviços disponíveis.
Abaixo estão os telefones e horários de atendimento de cada Delegacia Regional:
Barbacena
Telefone: (32) 9 8454-7403
Horário de atendimento: 8h30 às 12h e 14h às 18h30
Conselheiro Lafaiete
Telefone: (31) 9 8489-2819
Horário de atendimento: 8h30 às 12h e 14h às 18h30
São João del-Rei
Telefone: (31) 9 8489-3468
Horário de atendimento: 8h30 às 12h e 14h às 18h30
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Postado por Rafaela Melo, no dia 14/10/2024 - 09:48