O horário de verão no Brasil será decidido nesta terça-feira, dia 15. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, convocou uma reunião urgente com sua equipe técnica em Brasília para discutir a possível implementação da medida ainda neste ano. Silveira retornará ao trabalho antes do previsto, reduzindo suas férias em uma semana, dada a gravidade da situação energética no país.
Durante uma conferência em Roma, o ministro destacou que a decisão deve ser tomada rapidamente. "Se houver risco energético, a prioridade é o horário de verão. Se não houver esse risco, precisamos analisar o custo-benefício e o impacto em diversos setores", afirmou Silveira. Ele enfatizou a importância da previsibilidade em políticas públicas dessa magnitude, ressaltando que a janela ideal para a adoção do horário de verão é entre 15 de outubro e 30 de novembro.
O ministro também abordou a crise hídrica que o Brasil enfrenta. Segundo Silveira, dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) mostram que o país está passando pela pior crise hídrica dos últimos 73 anos, o que torna a decisão ainda mais crucial. "As usinas hidrelétricas dependem das condições climáticas, e as medidas preventivas adotadas até agora ajudaram a preservar os reservatórios", explicou.
Caso o horário de verão seja implementado, Silveira garantiu que não haverá impacto no segundo turno das eleições, marcado para 27 de outubro, já que a legislação exige um prazo mínimo de 20 dias para que setores afetados se adaptem à mudança.
O ministro sublinhou que a decisão não é política, mas sim técnica, e que deve ser tomada com responsabilidade. Ele reconheceu que, embora o horário de verão possa trazer benefícios, também pode acarretar custos para setores da economia. "A responsabilidade de uma decisão como essa é grande. Temos que equilibrar a segurança energética com os custos para o consumidor", concluiu.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também está monitorando a situação. Em sua última reunião, foram apresentadas projeções que indicam incertezas quanto ao início e às condições do período úmido, ressaltando a importância de ações preventivas para garantir a segurança do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Com a decisão se aproximando, a expectativa é alta em relação ao que será determinado pelo ministro e sua equipe na próxima semana.
Fonte: Agência Brasil
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Postado por Rafaela Melo, no dia 14/10/2024 - 07:20
