foto: Agência Brasil
Na manhã desta segunda-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com ministros de Estado para discutir ações imediatas contra as emergências climáticas e os incêndios florestais que já afetam cerca de 60% do território nacional. No dia anterior, Lula e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, sobrevoaram áreas devastadas pelo fogo no Parque Nacional de Brasília, um dos muitos focos de incêndio que se espalham pelo país.
Através das redes sociais, o presidente destacou que o governo federal está atuando em parceria com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal para conter o avanço das chamas. Lula também anunciou que a reunião com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, terá como foco a ampliação de medidas emergenciais.
“A Polícia Federal está com 52 inquéritos abertos contra os responsáveis por esses crimes. O Ministério da Saúde tem orientado a população sobre os cuidados necessários para enfrentar a fumaça, e hoje irei me reunir com a ministra Marina Silva e o núcleo de governo para discutirmos mais ações contra essa crise climática”, escreveu Lula em publicação.
Além dos ministros da articulação política e líderes do governo no Congresso, o encontro contou com a presença de Marina Silva e outros nomes importantes como o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski e representantes de órgãos como Ibama e ICMBio. A pauta das queimadas dominou as discussões, com foco nas estratégias de contenção e na mitigação dos impactos.
A Polícia Federal já investiga a hipótese de ações coordenadas responsáveis por incêndios simultâneos em diferentes regiões. Flávio Dino, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), reforçou a suspeita de que parte das queimadas tenha origem criminosa e autorizou medidas excepcionais, como a liberação de créditos extraordinários fora do teto fiscal, para que o governo tenha recursos para combater as chamas.
Em discurso, Marina Silva chamou a situação enfrentada pelo Brasil de “terrorismo climático”, destacando o uso intencional do fogo por criminosos que se aproveitam das altas temperaturas e da seca para destruir florestas. “Esse tipo de ação prejudica não só o meio ambiente, mas também a saúde pública, afetando principalmente crianças e idosos com doenças respiratórias”, afirmou.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a combinação entre práticas ilegais, como o uso de fogo para desmatamento, e a mudança climática tem agravado a intensidade dos incêndios, especialmente em biomas como o Pantanal e a Amazônia. O cenário é crítico, com 58% do território brasileiro sob os efeitos da seca e um terço do país enfrentando uma estiagem severa.
Os incêndios florestais não afetam apenas a fauna e a flora, mas também trazem sérias consequências para a saúde humana. O aumento das internações por problemas respiratórios pressiona o sistema de saúde, especialmente em cidades cobertas por nuvens de fumaça. Diante disso, o Ministério da Saúde reforçou as orientações para que a população evite atividades ao ar livre e aumente a ingestão de água.
Para ampliar o apoio aos estados mais afetados, a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) será enviada ao Acre, Amazonas e Rondônia a partir desta segunda-feira, com o objetivo de avaliar as condições locais e oferecer suporte técnico e médico.
A crise climática e os incêndios florestais desafiam o governo brasileiro, que se mobiliza para encontrar soluções emergenciais e garantir que tanto o meio ambiente quanto a saúde da população sejam protegidos.
fonte: Agência Brasil
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Postado por Nathália Coelho, no dia 16/09/2024 - 17:20