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Clima seco e queimadas elevam custos alimentares e pressionam inflação em setembro



reprodução internet

 

O clima seco e as queimadas que assolam grande parte do Brasil estão impactando diretamente a produção de alimentos, como carne bovina, cana-de-açúcar e frutas, o que deve reverter a inflação de alimentos no domicílio, medida pelo IPCA, para terreno positivo em setembro. Economistas projetam que, após quedas consecutivas nos últimos dois meses, os preços dos alimentos consumidos em casa terão alta.

Nos últimos dois anos, o mês de setembro registrou deflação nos preços alimentares, mas em 2024 o cenário é diferente. Fabio Romão, da LCA Consultores, aponta uma alta prevista de 0,17% para a alimentação no domicílio no IPCA de setembro, contrastando com a queda de 1,10% observada em agosto. A variação esperada para este ano foge do padrão dos últimos dez anos, onde a mediana de setembro indicava uma queda de 0,33%.

O principal fator por trás dessa mudança é o impacto das condições climáticas. A seca prolongada prejudicou a oferta de frutas, café, leite e feijão, enquanto queimadas afetam a produção de cana-de-açúcar, principalmente no estado de São Paulo. Com a redução na oferta de cana, a produção tem sido mais direcionada ao etanol, provocando a expectativa de alta nos preços do açúcar. Contudo, o impacto da cana deve ser mais perceptível no início de 2025.

Outro produto que sente a pressão climática é a carne bovina. A falta de chuvas prejudica as pastagens, retardando o engorde dos bovinos e diminuindo a oferta para abate. Economistas apontam que o impacto dessa baixa oferta já está sendo percebido, com o preço do boi gordo subindo cerca de 6% desde o início de agosto. A carne bovina, que possui um peso significativo no índice inflacionário, deve ser um dos principais itens a pressionar o IPCA de setembro.

A inflação alimentar acumulada de 2024 pode encerrar com uma alta de até 5,6%, após uma queda registrada em 2023. Este cenário, agravado pelas condições climáticas, mostra que o Brasil enfrentará desafios significativos para manter a estabilidade de preços, com o clima sendo um fator determinante no comportamento da inflação nos próximos meses.




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Postado por Nathália Coelho, no dia 16/09/2024 - 13:20


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