Foto: Arquivo/Jornal Correio
A Igreja de Santo Antônio é um dos marcos arquitetônicos de Lafaiete
A restauração da histórica Igreja de Santo Antônio, em Lafaiete, no Largo de Santo Antônio, nº 51, segue em compasso de espera. Em uma reunião realizada em 17 de junho, na sede da Prefeitura Municipal, representantes da Irmandade de Santo Antônio de Queluz, do setor jurídico municipal, da Secretaria de Cultura e da Secretaria de Obras acertaram a necessidade de providenciar orçamentos para reparos emergenciais no embocamento do telhado da igreja. A medida atende à ação judicial nº 5011097-39.2022.8.13.0183, que exige a intervenção para preservação do patrimônio.
Ouvido pelo Jornal CORREIO, o secretário municipal de desenvolvimento Econômico e de Cultura, Rafael Lana, informou que foram solicitados três orçamentos: dois pela prefeitura e um pela Irmandade. No entanto, após a submissão ao Conselho de Patrimônio Histórico Artístico e Paisagístico de Conselheiro Lafaiete (Comphap), constatou-se que os orçamentos eram muito distintos na descrição dos serviços a serem realizados. “Diante disso, o Comphap solicitou a revisão dos orçamentos, orientando a arquiteta da prefeitura a padronizar as especificações e submeter novos orçamentos”, explicou.
Até o momento, os novos orçamentos ainda estão sendo elaborados pelas empresas contratadas, o que tem gerado certa ansiedade na comunidade, que aguarda há décadas pelo início da obra e teme que a demora comprometa ainda mais o patrimônio histórico e cultural.
História e relevância
Localizada em um terreno abençoado por Frei Jerônimo, em 1741, a Igreja de Santo Antônio é um dos marcos arquitetônicos de Conselheiro Lafaiete. Construída em estilo maneirista, com taipa de pilão, o templo abriga tesouros artísticos e históricos, incluindo um altar-mor em estilo Rococó, telhado em estilo chinês e um púlpito do século XIX. O local também é famoso por suas imagens de santos esculpidas em madeira, muitas delas trazidas de Portugal. Acredita-se que duas dessas imagens, de Santa Bárbara e São Jerônimo, tenham sido esculpidas pelo renomado artista Aleijadinho.
Símbolo da história local, a igreja teria sido decorada por escravos e serviu como local de sepultamento do Padre Américo Taitson, benfeitor do Colégio Nossa Senhora de Nazaré. Sob as camadas de pintura a óleo, ainda se encontram vestígios de douramento, evidenciando a riqueza dos detalhes que compõem esse patrimônio cultural.
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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 08/09/2024 - 18:27