Foto: Robson Santos / Sisema
Quase 400 brigadistas estão atualmente mobilizados em Minas Gerais para enfrentar os incêndios que vêm devastando parques e áreas de vegetação no estado. Contratados por meio de editais do Governo, esses profissionais, que incluem tanto combatentes contratados quanto voluntários, estão empenhados em proteger as unidades de conservação do fogo.
Com mais de 100 dias sem chuvas significativas, altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, o cenário de incêndios se agravou consideravelmente. O período crítico para incêndios, que vai de julho a outubro, é caracterizado por umidade do ar abaixo de 60%, resultante da escassez de chuvas e da vegetação seca, o que aumenta o risco de incêndios florestais, muitas vezes provocados pela ação humana.
Contratações temporárias e recursos disponíveis
Todos os anos, entre março e abril, o Governo do Estado realiza editais para a contratação temporária de brigadistas, oferecendo 280 vagas com contratos de quatro meses, prorrogáveis conforme a necessidade da administração pública. Além disso, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) contrata brigadistas por meio da Compensação Florestal Minerária, que fornece veículos e equipamentos necessários para o combate aos incêndios. Cada serviço contratado inclui cerca de 110 brigadistas.
Operações e apoio aéreo
Neste mês de agosto, o estado enfrenta os efeitos da estiagem e ondas de calor que afetam várias regiões do Brasil. Recentemente, foram registrados incêndios no Parque Nacional da Serra do Cipó e em outras unidades de conservação estaduais, como o Parque do Itacolomi e a Serra da Moeda.
A força-tarefa previncêndio, composta pelo IEF, pelas polícias Civil e Militar, e pelo Corpo de Bombeiros Militar, tem desempenhado um papel crucial no combate aos incêndios. No Parque Nacional da Serra do Cipó, a equipe recebeu o apoio de dois aviões Air Tractor e um helicóptero da Polícia Militar, com aeronaves custeadas pelo IEF. A Polícia Civil também contribuiu com uma aeronave, enquanto a Esquadrilha Carcará e os brigadistas, incluindo voluntários, atuaram intensamente, inclusive durante a noite.
Prevenção e manejo integrado do fogo
A força-tarefa se dedica não apenas ao combate, mas também à prevenção de incêndios. No primeiro semestre, são realizadas ações de prevenção, como a criação de aceiros — faixas de terreno sem vegetação que impedem a propagação das chamas. O Manejo Integrado do Fogo, que inclui queimas prescritas de baixa intensidade em áreas avaliadas, também é uma estratégia importante para reduzir o risco de incêndios descontrolados.
A contínua dedicação dos brigadistas e a coordenação eficaz entre diferentes entidades são essenciais para enfrentar os desafios impostos pelos incêndios florestais e proteger a rica biodiversidade do estado.
Com informações da Agência Minas
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Postado por Rafaela Melo, no dia 25/08/2024 - 14:20