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Comunidade


Editorial: A bela e cruel democracia



foto: arquivo jornal CORREIO


Como defende o pensamento do sociólogo e filósofo francês Alexis de Tocqueville (1805-1859), a democracia é o mais belo e o mais cruel dos sistemas de governo. É bela por dar ao povo o poder de mudar seu destino e cruel por não permitir que o povo se isente da responsabilidade por suas escolhas. O momento é oportuno para lembrá-lo, pois na próxima quinta-feira, 15 de agosto, iniciaremos o período eleitoral. Enfim, é chegado o momento de analisar, refletir e decidir entre os oito nomes propostos a quem caberá a difícil missão de governar Conselheiro Lafaiete.

A situação atual não é nada favorável. A cidade está mergulhada em um caos onde o lixo se acumula, o transporte público é precário, as ruas estão mal conservadas e o desrespeito às normas de urbanização é flagrante. Em cada canto da Queluz de outrora, os ‘cidadãos’ parecem agir conforme suas próprias regras, contribuindo para um ambiente desorganizado e, em certa instância, deprimente. Por isso, mais do que nunca, nossa ida às urnas no dia 6 de outubro não é uma mera formalidade, e a responsabilidade de escolher o próximo líder recai sobre cada um dos 92 mil eleitores aptos a votar.

O novo prefeito, ou prefeita, enfrentará o desafio de implementar soluções inteligentes para os problemas atuais e promover um plano de gestão que realmente atenda às necessidades da população. E sim, fazer isso com um orçamento extremamente apertado. Não temos a ‘arrecadação luxuosa’ das cidades vizinhas, mas temos problemas e necessidades maiores. Por essas e outras razões, a participação ativa e informada de todos os eleitores é fundamental para mudar o quadro atual.

A partir do dia 15, caberá a todos realizar um exame detalhado das propostas e da capacidade dos postulantes para enfrentar e resolver os problemas que afetam Conselheiro Lafaiete. Mais do que nunca, é preciso que a população se engaje e, principalmente, informe-se. E, por mais que a imagem que muitos têm da política tenha se desgastado ao longo do tempo, não temos a opção de deixar que a apatia e a falta de informação definam, mais uma vez, o futuro de nossa cidade. A eleição começa agora - e não no dia 6 de outubro, porque, como nos lembra Alexis de Tocqueville, a democracia nos dá o poder de mudar nosso destino, mas cobra seu preço quando nos isentamos de nossas responsabilidades.




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Postado por Nathália Coelho, no dia 14/08/2024 - 07:20


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